Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

ECONOMIA
Publicada em 06/12/21 às 14:57h - 181 visualizações
Parauapebas e Canaã são mais importantes para o Brasil que SP
Considerando saldo da balança comercial, municípios paraenses deixam para trás — do ponto de vista econômico e financeiro — São Paulo e Rio, metrópoles de expressão e quilate global

Jornal O Niquel


 

Pela enésima vez este ano, os municípios paraenses de Parauapebas e Canaã dos Carajás estão no topo das exportações de commodities do país. Nesta segunda-feira (6), o Ministério da Economia liberou dados relativos à balança comercial brasileira de novembro, em nível municipal, e os dois representantes paraenses ocupam o 2º e o 3º lugares do ranking, liderado no mês passado pela cidade do Rio de Janeiro.



As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que contabilizou 758,62 milhões em dólares transacionados a partir de Parauapebas e outros 633,17 milhões de dólares originados de Canaã. O Rio de Janeiro alcançou 1,105 bilhão de dólares enquanto São Paulo, maior cidade do mundo ocidental, registrou 431,02 milhões de dólares exportados.

Traduzindo: hoje, do ponto de vista econômico e das finanças nacionais, Parauapebas e Canaã dos Carajás são mais importantes para o Brasil do que São Paulo. E ambos se tornam os mais importantes de todo o país quando considerado o saldo final na balança, obtido pela diferença entre exportações e importações.



O resultado da balança comercial dos municípios paraenses só não foi melhor devido à baixa na cotação internacional do minério de ferro, principal produto da cesta de exportações do estado do Pará. Parauapebas e Canaã viram o valor do embarque despencar este ano em relação a novembro do ano passado, quando o volume financeiro exportado foi recorde.

Enquanto Parauapebas consolidou 882,84 milhões de dólares em novembro do ano passado, cerca de 125 milhões acima de 2021, Canaã reportou 688,35 milhões em 2020, cerca de 55 milhões a mais. Por outro lado, Curionópolis, que ficou com a produção de minério paralisada por praticamente dois anos, registrou 37,23 milhões de dólares no mês passado, aumento de 1.370% em relação às fagulhas de minério extraídas e comercializadas em 2020.




Acumulado do ano

No cenário de transações comerciais que considera o acumulado do ano, de janeiro a novembro, Parauapebas está em 3º lugar nacional, com 11,697 bilhões de dólares exportados, atrás de Duque de Caxias (13,74 bilhões) e Rio de Janeiro (12,559 bilhões). Canaã dos Carajás aparece em 4º, com 9,278 bilhões.

Ao longo de 2021, Parauapebas contabiliza 91,1 milhões de toneladas de minério de ferro produzidas e Canaã, 67,15 milhões de toneladas. Já Curionópolis contribui com 2,84 milhões de toneladas. Esses volumes podem apresentar leve diferença em relação aos quantitativos divulgados nos balanços da mineradora multinacional Vale em razão da metodologia de medição e porque, também, o Ministério da Economia considera apenas a produção exportada.

ZE DUDU




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