O terceiro maior orçamento público do Pará para
2022 será votado na próxima segunda-feira (20), às 17 horas, em sessão
extraordinária da Câmara de Vereadores, e o Blog do Zé Dudu comparou o custo
estimado para tocar os serviços essenciais do município de Parauapebas com os
últimos três orçamentos.
A primeira das curiosidades é o fato em si de ser o
terceiro maior orçamento público: a Prefeitura de Parauapebas só terá menos
dinheiro previsto para gastar no ano que vem que o Governo do Pará (R$ 31,337
bilhões), comandado por Helder Barbalho, e a Prefeitura de Belém (R$ 4,334
bilhões), chefiada por Edmilson Rodrigues.
Outro ponto curioso do projeto de Lei Orçamentária
Anual (LOA) que será debatido é o protagonismo financeiro assumido pelo
Legislativo municipal, que dará guinada de R$ 46 milhões para R$ 130,45
milhões. Se o orçamento do parlamento se confirmar para 2022, a Câmara de
Parauapebas se tornará, pela primeira vez, a Casa de Leis municipal mais rica
do estado, superando a de Belém, cujo orçamento previsto para o ano que vem é
de R$ 104,42 milhões. E não é só isso: o legislativo parauapebense terá mais
dinheiro para comandar que 114 das 144 prefeituras paraenses.
Entre os grandes serviços públicos do município
(aqueles com custo superior a R$ 10 milhões), o crescimento do orçamento da
Câmara de 2021 para 2022 só ficará atrás das despesas com comércio e serviços,
função que disparará 247%. O orçamento do legislativo, por seu turno, será
inflado em algo próximo a 184%.
Educação
e Saúde batem recorde
O orçamento a ser gerido pela Secretaria Municipal
de Educação (Semed), sem contar emendas parlamentares, vai superar pela
primeira vez meio bilhão de reais. Ele é composto por unidades orçamentárias da
própria Semed mais dois fundos: o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb) mais o Fundo Municipal de Educação (Fumep). Serão, ao todo, exatos R$
541,13 milhões, muito mais dinheiro que o que a Prefeitura de Castanhal vê
durante o ano inteiro. Para quem não sabe, Castanhal tem 200 mil habitantes e é
considerada capital regional do Pará, com importância estratégica superior à de
Parauapebas.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por seu
turno, terá à disposição R$ 330,53 milhões de habitantes para tocar serviços
para os cerca de 250 mil parauapebenses. O município até tem 98 mil cidadãos
beneficiários de planos de saúde e, portanto, não são usuários regulares do
Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda assim a cidade recebe pacientes de
outras localidades, o que acaba sobrecarregando a rede pública local.
ZE DUDU