Valor é 25% superior à parcela da Cfem arrecadada em janeiro
de 2024. Primeira parcela do ano é maior que arrecadação de um ano inteiro de
2.400 prefeituras brasileiras, segundo apurou Blog. Em Canaã, royalty de
Josemira inchou 35% na comparação com ano passado. Confira ranking de valores
O prefeito Aurélio Goiano muito mais que acertou na Mega
Sena ao ser eleito para administrar o terceiro município que mais arrecada na
Região Norte. Nos próximos dias, Goiano verá na conta bancária da Prefeitura de
Parauapebas o estonteante valor de R$ 77,5 milhões em cota-parte da Compensação
Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), fruto da atividade mineradora em
território municipal. É praticante o valor rachado entre as oito apostas
ganhadoras da “Mega da Virada”, cada uma das quais rendeu R$ 79,44 milhões por
acertar os seis números sorteados. A diferença é que Aurélio verá milhões em
Cfem todos os meses.
As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog
do Zé Dudu, que calculou nesta quinta-feira (2) o valor da parcela dos famosos
royalties de mineração antes mesmo de a Agência Nacional de Mineração (ANM)
fechar as contas.
Para ilustrar o “tamanho” da dinheirama que vai cair nos
cofres da Capital do Minério, o montante de um dia de Cfem é maior que a
receita líquida de um ano inteiro de 2.400 prefeituras brasileiras. Localidades
paraenses como Nova Ipixuna (R$ 75,93 milhões), Sapucaia (R$ 52,46 milhões) e
Brejo Grande do Araguaia (R$ 48,12 milhões) arrecadam bem menos o ano inteiro.
Em janeiro de 2024, sob comando de Darci Lermen, a parcela
de royalties de mineração de Parauapebas foi de R$ 62,09 milhões — cerca de R$
15,5 milhões a menos que agora. O Blog do Zé Dudu calcula que a arrecadação
total da Prefeitura de Parauapebas este mês ficará em torno de R$ 250 milhões
líquidos, incluindo as demais fontes de “renda”, a exemplo do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Fundo de Desenvolvimento da
Educação Básica (Fundeb), o Imposto Sobre Serviços (ISS), o Imposto de Renda
Retido na Fonte (IRRF) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Em
janeiro de 2024, a receita líquida apurada em janeiro foi de R$ 226,2 milhões.
Josemira e Toni Cunha
Na vizinha Canaã dos Carajás, nada de novo no reinado de
Josemira Gadelha. A discreta prefeita da Terra Prometida — e segunda gestora
mais popular do estado, conforme pesquisas de opinião, atrás apenas de Mariana
Chamon, de Curionópolis — verá em conta R$ 70,12 milhões em royalties nos
próximos dias, valor que é 35% maior que os R$ 51,69 milhões recolhidos em
janeiro do ano passado.
Já o iniciante Toni Cunha, eleito prefeito de Marabá,
comandará R$ 15,86 milhões em Cfem decorrente da produção mineral direta no
município, sem contar outros R$ 2 milhões, em média, a título de compensação
pelo fato de Marabá ser diretamente afetada pela mineração praticada em
Parauapebas, uma vez que a cidade-mãe é cortada pela Estrada de Ferro Carajás
(EFC) que atende à extração de minério de ferro na Serra Norte de Carajás.
Ao todo, 46 prefeituras vão saborear uma fatia dos R$ 177,67
milhões em royalties, cada uma delas conforme a produção mineral que seu
município movimentou. Além de Parauapebas, Canaã e Marabá, outras seis
localidades vão embolsar valores que superam a casa do milhão. Confira o
ranking inédito do faturamento que o Blog do Zé Dudu elaborou!
ANO NOVO ENDINHEIRADO: A PRIMEIRA COTA DE CFEM DE 2025
1º Parauapebas — R$ 77.548.900,47
2º Canaã dos Carajás — R$ 70.121.790,53
3º Marabá — R$ 15.858.379,45
4º Paragominas — R$ 4.050.230,03
5º Terra Santa — R$ 2.504.058,02
6º Curionópolis — R$ 2.374.500,77
7º Água Azul do Norte — R$ 1.484.593,19
8º Oriximiná — R$ 1.220.002,09
9º Juruti — R$ 1.098.842,99