Na manhã de ontem, segunda-feira
(13), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Tucuruí, prendeu, o
médico ginecologista Orlando
Veiga Filho. O profissional, que atua nos municípios de Breu Branco, Tucuruí e
Parauapebas, é acusado de violência sexual mediante fraude. As vítimas seriam
pacientes que frequentavam a clínica particular em que ele presta atendimento.
O trabalho de investigação da Polícia
Civil foi realizado durante a Operação Obsidere. A ação foi desencadeada a
partir do registro de Boletim de Ocorrência Policial, no dia 2 de julho, na
Delegacia de Breu Branco, registrado por uma mulher de 29 anos que informou o crime
durante o retorno de sua consulta ginecológica, feita, no mesmo dia, no
Laboratório Biolab, pelo médico Orlando Veiga Filho.
Considerando a complexidade dos
elementos que envolvem esse tipo de crime, foram rapidamente providenciados o
exame pericial-sexológico da vítima, que atestou a prática de conjunção carnal
recente, bem como o acompanhamento assistencial-psicológico, que constatou o
seu abalo emocional. As oitivas testemunhais confirmaram, de maneira firme e
coerente, a materialidade e autoria delitivas.
Paciente de Itupiranga diz que também foi
violentada pelo ginecologista
Durante a investigação, policiais
civis receberam denúncia anônima de que o médico já havia abusado sexualmente
de outras pacientes. “A autoridade policial aprofundou as investigações e
apurou que o médico já exerceu atividade em diversos estados, como Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Roraima e São Paulo, nos quais não há registro de sua
especialidade como ginecologista nos Conselhos Regionais de Medicina. A
investigação também apurou que, em 2011, em Itupiranga, ele havia abusado
sexualmente de outra mulher, com o mesmo “modus operandi”, afirmou a delegada
responsável pelo caso.
Com objetivo de colher depoimento
testemunhal da segunda vítima, policiais de Breu Branco localizaram o paradeiro
da mulher em Marabá e, prontamente, se deslocaram ao município. Aqui, uma
oitiva testemunhal foi realizada, como também o anexo de laudo pericial
constatando a conjunção carnal em 3 de janeiro de 2011.
Operação Obsidere – A palavra assédio vem do
latim Obsidere, que tem, dentre seus significados, a palavra atacar. Na língua
portuguesa significa insistência inoportuna, junto de alguém, com pretensões ou
outra forma de abordagem forçada e humilhante. (Fonte: Ascom da Polícia
Civil do Pará)