Joao Carlos Rodrigues 25 de setembro de 2020 (Foto: )
Em Canaã dos Carajás, o vereador
Zilmar Costa Aguiar Júnior, o Júnior Garra, e o candidato a
prefeito Jean Carlos Ribeiro da Silva, ambos ex-presidentes da Câmara
Municipal, acordaram, na manhã desta sexta-feira, 25, com as batidas do Grupo
de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na porta da casa deles.
Ambos são alvos do Procedimento
Investigatório Criminal (PIC) nº 000009-130/2020, de 23 de janeiro de 2020, do
Ministério Público do Estado do Pará. O motivo: suspeita de fraudes em
licitações realizadas nos últimos anos pela Câmara, que teriam causado milhões
em prejuízo ao erário, entre2014 e 2018.
No foco das investigações estão os
processos licitatórios para a prestação de serviços de locação de veículos
envolvendo a empresa Locan – Locação de Máquinas e Veículos Ltda.
Além de fazer buscas e apreensões nas
casas de Jean Carlos e Júnior Garra, o Gaeco visitou a residência
de Ailson Ferreira Alves, Ailson da White, a Câmara Municipal de
Canaã e a Locan.
Também na mira do Gaeco está
Wellington Fernando Bomfim, que atuou como pregoeiro e presidente da Comissão
de Pregão da Câmara Municipal de Canaã dos Carajás no período investigado.
Patrimônio de ex-presidente da Câmara de Canaã dos
Carajás teve crescimento relâmpago, segundo o MPPA
De acordo com as investigações, Ailson
da White foi quem efetuou a primeira contratação da Locan. Jean Carlos
foi presidente da Câmara em 2015 e 2016 e, na época, foram homologados e
executados dois aditivos para que a Locan continuasse a prestar os serviços de
locação de veículos ao Legislativo Municipal.
Júnior Garra, que presidiu a Câmara em 2014 e 2015, manteve
contrato com a Locan e, segundo o MPPA, o patrimônio dele, que era de R$ 135
mil em 2008 saltou para mais de R$1 milhão em 2018, conforme declaração à
justiça eleitoral. Ele recebe, como vereador R$ 7.500,00 por mês.
Os mandados foram autorizados pela Vara de Combate
ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cujo titular é o
juiz Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire e o juiz Líbio Moura, auxiliar.