A Delegacia de Homicídios de Marabá (DH) deflagrou
nesta sexta-feira, 14, a Operação Gambit, que investiga um homicídio ocorrido
no dia 10 de novembro de 2019, no município, localizado no sudeste do Pará.
Segundo as apurações da DH, o crime teria sido motivado por ambições
empresariais entre sócios de uma empresa construtora de Marabá.
A operação contou com apoio da Equipe da Seccional
de Polícia Civil de Marabá, Seccional de Polícia de Parauapebas, ainda com
auxílio da equipe da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) de Marabá e
Redenção. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na
empresa, além de um mandado de prisão preventiva na casa de um dos
investigados, que foi encontrado com munições de arma de fogo.
Ainda durante a operação, diversos documentos e
objetos como aparelhos celulares, notebooks, drive externos e pen drives, foram
apreendidos para análise e perícia a fim de ajudar nas investigações. As
apurações prosseguem pelo prazo de 30 dias, podendo ser prorrogadas.
Jornal A Notícia An 10
Polícia do Pará prende suspeito de envolvimento na morte de Raul Wolf
Sócio foi preso em Operação Policial.
Irmão acredita que há mais pessoas envolvidas, inclusive familiares
Operação Gambit foi realizada nesta
sexta-feira (14/5) e fez buscas na pedreira e em residências / Crédito:
Delegacia de Homicídios de Marabá/PA
Nesta sexta-feira (14/5), a Polícia
Civil do Pará avançou nas investigações da morte do empresário teutoniense Raul
Alberto Wolf (48). A Delegacia de Homicídios (DH) de Marabá realizou a Operação
Gambit, nas cidades de Tucumã e Ourilândia do Norte.
Uma pessoa que administrava a empresa
foi presa, suspeita de estar envolvida no assassinato. Conforme o delegado Tony
Vargas, titular da DH, a investigação apura o crime, em tese motivado por
ambições empresariais entre sócios da empresa Construtora e Britagem Milanos.
O sócio de Raul Wolf foi preso e
conduzido ao presídio de Marabá, onde deverá aguardar para não interferir no
andamento das investigações. A previsão da Delegacia de Homicídios é pelo menos
30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.
Os policiais civis de Marabá e
Parauapebas cumpriram seis mandados de busca e apreensão em residências, no
escritório de contabilidade e na própria empresa de britagem.
Foram apreendidos diversos documentos,
aparelhos celulares, notebooks, drives externos e pen drives que serão
posteriormente analisados e periciados.
Na casa do contador da empresa, os
policiais encontraram munições de arma de fogo que possibilitaram a prisão em
flagrante do mesmo. Ele teria conseguido a liberação por meio do pagamento de
fiança.
·
Munições foram apreendidas na casa do
contador / Crédito: Delegacia de Homicídios de Marabá/PA
·
Polícia apreendeu diversos materiais no
escritório da pedreira / Crédito: Delegacia de Homicídios de Marabá/PA
Irmão acredita em mais envolvidos
O irmão Carlos Edvino Wolf acredita que
há mais pessoas envolvidas. “Desvio de milhões foram a causa do assassinato do
Raul. Ele descobriu e aí foi assassinado”, desabafa o irmão. Ele classificou
isso como uma “queima de arquivo”.
Raul teria comprado as ações ou cotas
do pai Rubem Wolf na pedreira. “Era 90% dono e o administrador [hoje preso]
tinha 10%. O Raul estava fazendo um bom trabalho e descobriu muitos desvios”,
complementa.
Os desvios estariam ocorrendo desde
2010 e somente em 2019 chegaram a R$ 1,5 milhão. As empresas apresentavam
balanços ruins e falimentares, enquanto que os envolvidos tinham patrimônios
como residências novas e carros de luxo.
Pouco antes de ser assassinado, Raul e
o pai Rubem teriam conversado e decidido afastar o sócio preso hoje. O irmão
conceituou como “quadrilha” o grupo formado. “Até hoje não tivemos acesso a
nenhuma informação”, disse. Até criaram outra empresa, com o mesmo endereço.
“Essa empresa está trabalhando em cima do patrimônio da minha família”,
desabafa.
Carlos Wolf chegou a mencionar que “há
fortes indícios do envolvimento de familiares, que não foram ao velório e
sepultamento do Raul”. Ele revelou ter algumas conversas gravadas e que
comprovam determinadas situações. “Tudo que vou falar tenho como provar.
Algumas pessoas não fizeram muita questão, mas eu e os sobrinhos, com muito
trabalho, fomos atrás”, revelou.
Na segunda-feira (10/5), o irmão
contatou a reportagem, quando manifestava angústia e ansiedade com o andamento
da investigação, após um ano e meio da morte.
Disque-denúncia
Carlos Wolf insiste que as pessoas
façam denúncias anônimas para encontrar um vídeo, que circulou no
WhatsApp e mostraria o momento do assassinato. Foi criado um disque-denúncia anônimo para
quem souber de informações referentes ao caso.
Relembre o caso
Raul Alberto Wolf foi morto com tiros
na nuca na cidade de Marabá/PA em 10 de novembro de 2019
O teutoniense Raul Alberto Wolf (48
anos) foi assassinado no dia 10 de novembro de 2019, na cidade de Marabá,
estado do Pará. O homicídio ocorreu na Rua Sol Poente, no Núcleo Cidade Nova.
Raul saiu do hotel para tomar café da
manhã, por volta das 8h30. Ao retornar, na garagem do hotel, foi executado por
uma dupla que estaria em um moto Biz branca. Eles dispararam com armas de fogo
na região da nuca do teutoniense.
Com informações folha popular