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Em apoio a Polícia Civil do Paraná
(PCPR), a Polícia Civil do Pará (PCPA) deu cumprimento a mandados de busca e
apreensão, na manhã desta terça-feira (25), contra pessoas envolvidas no
tombamento de um ônibus de turismo, ocorrido em janeiro na BR-376, em Guaratuba,
Litoral do Estado do Paraná, onde 19 pessoas morreram. Todas residiam no Pará.
A ação ocorreu simultaneamente nas cidades de Belém e Ananindeua, no
Estado do Pará, e em Florianópolis e São José, em Santa Catarina. Ao todo, 15
mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo quatro no Pará.
Agentes do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil Paraense (NIP), junto
com Policiais da PCRC, saíram às ruas por volta das 5h. Um dos alvos da
diligência foi o motorista do ônibus, que estava em sua residência, em
Ananindeua, região metropolitana de Belém. No local, foram apreendidos
celulares, documentos e bilhetes de viagens. Todo o material será periciado
pelos agentes da Polícia Civil. Espontaneamente, o homem foi até a
Delegacia-Geral de Polícia, em Belém, onde será ouvido.
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De acordo com o Delegado-Geral da
Polícia Civil do Pará, Walter Resende, essa foi mais uma ação integrada, que
tem como objetivo investigar as causas do acidente que vitimou 19 pessoas:
"Nós, da PCPA, nos solidarizamos com as famílias de todas às vítimas, que
saíram daqui em busca de oportunidades e acabaram tendo a vida ceifada. Não
medimos esforços para colaborar com as investigações dos nossos colegas da
Polícia Civil do Paraná", enfatizou o titular da PC.
De acordo com a PCPR, o laudo pericial, elaborado pela Polícia
Científica do Paraná, apontou que o motorista do veículo estava dirigindo em
alta velocidade e que o freio estava funcionando parcialmente no momento do
acidente. Além disso, a falta de manutenção adequada do veículo foi uma das
causas determinantes para o tombamento.
Conforme apurado, as informações constantes na licença de viagem, feita
pela empresa responsável pelo transporte e emitida pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), não correspondem à realidade. Com base nos
fatos, a PCPR constatou que não se tratou de uma viagem sob a modalidade de
fretamento turístico ou fretamento eventual, e sim de transporte clandestino de
passageiros.
As empresas são responsáveis por se associar e agir de forma reiterada,
prestando serviço clandestino aos passageiros.
ACIDENTE - Na ocasião, o veículo, que transportava 54 pessoas, colidiu em uma
mureta de contenção, na BR-376, tombou e caiu na ponte do Rio da Santa.
Dezenove passageiros morreram e os outros ficaram feridos. A viagem
estava sendo feita entre os estados do Pará e Santa Catarina. A maioria dos
passageiros buscava oportunidades de emprego no Sul do país.
Por Evaldo Júnior (PC)