A Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria Estadual de Combate à
Corrupção (DECOR), deflagrou a operação "Ariana", na manhã desta
quarta-feira (26). Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo
três em residências e dois em sede de empresas, na capital paraense.
Todas as diligências realizadas foram conduzidas pela Divisão de
Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), que faz parte da DECOR e investiga
altos valores monetários movimentados por uma estudante de 27 anos, que não
tem renda declarada. De acordo com relatório do Conselho de controle de
atividades financeiras (COAF), no período de janeiro de 2018 a janeiro de
2020, a movimentação bancária da investigada soma mais de R$ 5,5 milhões. A
DRLD apurou que o dinheiro chegou a conta da estudante de duas formas: por
meio da modalidade crédito, que totalizou R$ 2.999.940,00 e operações em
débito, que somou R$ 2.544.649,00.
As buscas começaram por volta de 6h e aconteceram nas residências dos
investigados, bem como em empresas possivelmente ligadas ao suspeitos. Foram
apreendidos aparelhos celulares, documentos e dispositivos de armazenamento.
Todo o material será periciado e passa a compor o inquérito policial
instaurado pela Polícia Civil.
O levantamento feito pela Divisão de Repressão à lavagem de Dinheiro
aponta que os valores são elevados para quem não apresenta qualquer fonte de
renda que justifique tais valores, bem como a movimentação feita por meio de
instituições bancárias. O relatório feito pela Divisão aponta, ainda, que a
estudante não possuía empresa aberta em seu nome e não teve qualquer
atividade empresarial no período analisado. Constatou-se também que o pai da
investigada possuía procuração da mesma para realizar transações, mas o mesmo
também não apresentou qualquer atividade remunerada de forma legal.
Apesar dos valores movimentados, pai e filha se inscreveram no
programa de assistência financeira "Auxílio emergencial", que é
destinado a pessoas de baixa renda e que foram impactadas pela pandemia de
Covid-19. Ambos recebiam juntos o valor mensal R$ 1,2 mil.
Para o Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende, essa é mais
uma ação da PC-PA que busca garantir a segurança dos paraenses em todas as
vertentes.
"A nossa Divisão Especializada neste tipo de crime recebeu está
denúncia e diligenciou com perícia nas investigações e, hoje, concluímos essa
etapa importante com êxito. Por aqui, nós combatemos todos os tipos de crime,
do pequeno ao grande. Nosso papel é combater de forma contundente a
criminalidade em todas as suas modalidades", disse Resende.
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