Superintendência da Polícia Federal em Brasília, vista de cima, em imagem de arquivo — Foto: Divulgação (Foto: Foto: Divulgação)
A Polícia Federal (PF) prendeu, no domingo (23), 11
foragidos da Justiça inscritos para as provas do concurso da corporação no
Distrito Federal e em nove estados. Os candidatos tinham mandado de prisão em
aberto e foram retirados do local do exame.
De acordo com os investigadores, "os mandados de prisão
foram cumpridos de forma discreta e sem causar tumulto ou prejuízo para
aplicação das provas". Segundo a PF, a medida "garantiu a segurança
do concurso", além de retirar os indivíduos do convívio social.
A prisões ocorreram em:
Brasília
Acre
Bahia
Mato Grosso
Rondônia
Roraima
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Sergipe
São Paulo
A Polícia Federal, no entanto, não divulgou informações
sobre os crimes que os presos respondiam e nem a identidade dos detidos.
Durante a tarde desta quarta-feira (26), a Polícia Civil de Sergipe informou
que a pessoa presa naquele estado foi detida uma semana antes, e não no dia da
prova.
No domingo, foram aplicadas as provas escritas do concurso
público para os cargos de delegado, agente, escrivão e papiloscopista da
corporação.
Ao todo, são 1,5 mil vagas e mais de 320 mil inscritos no
certame. Os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 23 mil. Além das provas
objetivas e discursivas, a seleção conta com:
Exame de aptidão física
Avaliação médica e psicológica
Prova oral e prova de digitação para os cargos de delegado e
escrivão, respectivamente
Avaliação de título
Investigação social
Embate judicial
Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, em imagem de arquivo — Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
O concurso para a PF ocorreu após decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) de manter as provas para a data, dia 23 de maio. A
avaliação chegou a ser marcada para 21 de março, porém, a corporação decidiu
adiar, devido à pandemia de Covid-19.
Em plenário virtual, o tribunal analisou ação apresentada
por uma candidata de Pernambuco, que questionou a realização dos exames
"mesmo com os inúmeros decretos restritivos dos estados e municípios, bem
como os altos índices de contágios, infecções e mortes pela Covid-19 em todo o
país".
Foi a primeira vez que a Corte fez julgamentos
em somente um dia. A maioria no Supremo a favor da realização do concurso neste
domingo foi formada com os votos de dez dos 11 ministros.