(Foto: Jornal O Niquel)
Causou estranheza em Tucumã, no sul do Estado, a
liberação, menos de 24 horas depois de ter sido preso, do comerciante Moisés
Fernandes Vieira. Ele foi pego em flagrante por uma equipe da Delegacia de
Polícia Civil, na noite de sexta-feira (4), com 500 gramas de crack e 300
gramas de maconha, já embalados, prontos para venda, além de duas balanças de
precisão e material para embalagem da droga.
A prisão se deu em um bar no Setor Palmeira I, de
propriedade de Moisés Vieira. De acordo com investigações feitas durante a
Operação Narco Brasil, o ponto comercial servia apenas de fachada para a
comercialização de entorpecentes.
Na noite de sexta-feira, quando a equipe da Polícia
Civil, formada pelo delegado Rafahel Machado, investigador Alberto e escrivão
Douglas, chegou ao local, Moisés ainda tentou fugir, mas não conseguiu escapar.
Porém, na manhã de sábado (5), teve a prisão
relaxada pela Justiça, o que causou estranheza entre pessoas que acompanharam o
caso e em policiais veteranos, acostumados a prender pessoas em flagrante por
tráfico e mandá-las diretamente para a cadeia.
Moisés Vieira foi enquadrado no artigo 33 da Lei
11.343/2006 ou Lei Antidrogas, que pune com pena de reclusão de cinco a 15 anos
quem “importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo,
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar”.
“Não deu para entender, o cara vai preso à noite,
com o bar cheio de entorpecentes, e pela manhã é solto”, disse um policial à
Reportagem, complementando: “Não estou questionando a decisão da Justiça, que
deve ser cumprida, mas é estranho”.
Eleuterio Gomes
– de Marabá, com informações do repórter Jucelino Show, de Tucumã
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