Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

POLÍCIA
Publicada em 24/06/21 às 11:54h - 103 visualizações
Polícia Civil: Operação Book Rosa prende advogado e empresários em Parauapebas
Eles são acusados de estupro de vulnerável e prostituição de adolescentes. (Matéria atualizada)

Jornal O Niquel



A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher em Parauapebas, que tem como titular a delegada Ana Carolina, deu cumprimento na manhã desta quarta-feira (23) a mandados de prisão preventiva assinados pela juíza responsável pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas, Flávia do Rosário, em desfavor dos empresários Eduardo Liebert (Total Solutions), Mauro de Souza Davi (Marola Show), e contra o advogado criminalista Antônio Araújo de Oliveira (Toni). Eles são acusados de cometerem os crimes de estupro de vulnerável e prostituição de adolescentes.

São vítimas no inquérito duas adolescentes de 13 anos e uma de 16 anos.

Existe ainda um quarto envolvido na trama. Trata-se de Fabrício Luan, uma transexual de Parauapebas que é acusada de ser a cafetina, a intermediadora que convencia as adolescentes a se prostituírem sexualmente com os acusados. Fabrício, segundo informou a polícia civil de Parauapebas, não foi localizado e terá seu nome inscrito na relação de foragidos do sistema.



Delegada Ana Carolina

Segundo a delegada Ana Carolina, a Operação Book Rosa teve início em setembro de 2020, quando a DEAM investigava o sumiço de três adolescentes em Parauapebas. Ainda segundo a delegada, quando as adolescentes foram encontradas verificou-se que elas eram exploradas sexualmente pelos acusados, agenciadas por Fabrício Luan.

Os acusados estão presos na 20ª Seccional de Parauapebas e serão encaminhados ao presídio local, onde ficarão à disposição da justiça.



Aliciador “ensinava” as vítimas sobre as práticas sexuais dos tarados

Após aliciar as adolescentes, o criminoso as levava a motéis, onde eram ensinadas, na prática, por ele, sobre as preferências sexuais dos abusadores. “Elas sofreram todas as formas de violação de direitos, eram obrigadas a usar drogas e uma delas foi obrigada a ingerir bebida alcoólica e até chegou ao coma. Conseguimos até fotos de meninas com armas apontadas para a cabeça”, narra a delegada. Ainda segundo Ana Carolina de Abreu, algumas meninas eram levadas, inclusive, para fora do Estado.

Contra Marola Show, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão; contra o advogado Tony a polícia cumpriu três mandados de prisão preventiva; e contra o empresário Eduardo Liebert dos Santos, dois mandados de prisão preventiva e um de busca e apreensão. Contra o intermediário estão em aberto três mandados de prisão preventiva e um de busca e apreensão.

Operação prossegue para localizar mais vítimas e prender mais criminosos

A Operação Book Rosa prossegue para encontrar uma quarta vítima, que já foi identificada. De acordo com a delegada Ana Carolina de Abreu, certamente há outras meninas e adolescentes exploradas e também outros criminosos no encalço dos quais a equipe da especializada se encontra. Fonte Ze Dudu









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