POLÍCIA Publicada em 29/07/21 às 05:28h - 2467 visualizações
Polícia Federal fecha garimpos ilegais em Ourilândia do Norte e encontra trabalhadores em condições análogas à escravidão Além do impacto ambiental, o município de Ourilândia do Norte teve o sistema de abastecimento de água comprometido por causa dos garimpos.
Jornal O Niquel
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Segundo a PF, até o começo da manhã, seis garimpos de ouro clandestinos haviam sido fechados (Foto: )
A Polícia Federal em Redenção, Sudeste Paraense,
deflagrou nesta quarta-feira, 28, a Operação “1200”, que teve por objetivo
combater crimes ambientais, extração ilegal de minérios e trabalho escravo na
zona rural do município de Ourilândia do Norte. Ao todo, estão sendo cumpridos
26 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Redenção.
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Segundo a PF, até o começo da manhã, seis garimpos
de ouro clandestinos haviam sido fechados e duas pessoas foram presas em
flagrante. Foram apreendidos, até agora, nove escavadeiras hidráulicas, motores
de sucção, diversos apetrechos de garimpo, mercúrio, uma pequena quantidade de
ouro, armas, munições e documentos contendo dados sobre a contabilidade das
atividades.
Além do impacto ambiental, o
município de Ourilândia do Norte teve o sistema de abastecimento de água
comprometido
Diversos trabalhadores foram encontrados em
condição degradante de trabalho. A ação conta com a participação de pouco mais
de cem Policiais Federais, dentre eles nove integrantes do Comando de Operações
Táticas (COT), grupo de elite da Polícia Federal, um helicóptero Esquilo, do
Comando de Aviação Operacional da Polícia Federal (CAOP), dois procuradores do
Ministério Público do Trabalho e um Procurador da República.
Desde o início do ano de 2019 a área da referida
Fazenda 1200 e áreas da União em seu entorno estão sendo exploradas ilegalmente
por garimpeiros, de acordo com as investigações. A atividade representa risco à
saúde dos trabalhadores pelo uso indiscriminado de mercúrio, causa
desmatamento, polui leitos de rios e causa danos irreparáveis à fauna e flora
do local atingido.
Além do impacto ambiental, o município de
Ourilândia do Norte teve o sistema de abastecimento de água comprometido em
razão da poluição do Rio Águas Claras. O projeto de captação de águas é uma
parceria firmada entre a FUNASA e o município, no valor aproximado de vinte e
quatro milhões de reais, e encontra-se paralisado. O dano ambiental será
quantificado, posteriormente, pela Perícia da Polícia Federal. A operação
continua ao longo do dia. (O Liberal)
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