Por Willian Matos18/08/2021 8h34
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A Polícia Federal realiza nesta
quarta-feira (18) nova operação contra desvios de dinheiro público na área da
Saúde do Estado do Pará. São cumpridos 60 mandados de prisão, sendo 54 prisões
temporárias (que duram cinco dias) e seis preventivas.
Além dos 60 mandados de prisão, a
serem cumpridos nos estados do Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de
Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso, agentes cumprem 95 ordens de busca e
apreensão nas mesmas regiões.
De acordo com as investigações, os
suspeitos fecharam contratos superfaturados de gestão dos hospitais públicos do
Pará. Os acordos ultrapassam R$ 1,2 bilhão e envolvem quatro organizações
sociais, cinco hospitais regionais e quatro hospitais de campanha montados para
enfrentamento da pandemia de covid-19.
O Governo do Pará repassava as verbas
para as organizações sociais contratadas, e estas organizações subcontratavam
as empresas que lucravam com o superfaturamento. A prática é chamada pelos
investigadores de “quarteirização”. Os crimes resultavam em serviços mal
prestados — às vezes nem eram realizados.
A ação policial foi batizada de
Operação Reditus. Trata-se da segunda fase da operação SOS. Além dos mandados
de busca e apreensão e prisão, foi determinado o sequestro de bens móveis e
imóveis do líder do esquema, avaliados em mais de R$ 150 milhões, bem como o
bloqueio de valores presentes nas contas bancárias das pessoas físicas e
jurídicas investigadas que, somados, podem alcançar mais de R$ 800 milhões.