Tudo indica que em Parauapebas vem acontecendo uma
caça indiscriminada a integrantes de facções criminosas que atuam na cidade.
Essa caçada, entretanto, vem fazendo vítimas que nunca tiveram relação alguma
com esses grupos, como o jovem João
Guilherme Abreu, de 20 anos, executado no último dia 12,
e o adolescente Wilson Cordeiro da Silva, 17 anos, assassinado na madrugada
desta terça-feira (21). Ele foi eliminado a tiros, por dois indivíduos
que estavam em uma moto Honda Bros, quando caminhava pela Rua Daniel Franco, no
Bairro Vale do Sol.
Era por volta de 0h20, quando o jovem caminhava na
companhia de Victor Guimarães, 47 anos. De repente, os dois matadores chegaram
e perguntaram se eles pertenciam a alguma facção, ao que Wilson e o homem mais
velho responderam negativamente. A resposta, porém, não evitou que os
desconhecidos fizessem disparos contra o dois.
Victor, mesmo ferido, conseguiu correr, mas Wilson
foi baleado pelas costas e depois ainda recebeu mais dois tiros na cabeça. O
homem que escapou foi socorrido pelo Samu e levado ao Pronto Socorro do
Hospital Municipal de Parauapebas. Ele não tinha relação alguma com o jovem,
apenas se encontraram no caminho e passaram a conversar.
O adolescente, que chegou de Irituia, sua cidade
natal, há um ano, trabalhava em uma fábrica de manilhas no Bairro Vila Rica. O
patrão de Wilson disse que ele não tinha vícios nem envolvimento com qualquer
tipo de crime, “era um jovem muito responsável e bastante trabalhador”. Após
chegar a Parauapebas, ele morou durante um mês com Deusimar Correa da Silva,
seu tio. Depois, passou a morar
sozinho.
O jovem pode ter sido confundido com um integrante
de facção por ter mandado pintar os cabelos de loiro e passar a usar brincos.
Logo cedo, ao sair de casa, Wilson da Silva disse a um amigo que iria encontrar
sua primeira namorada, na praça do Bairro Vale do Sol.
Assim que souberam do crime, funcionários do
Hospital Municipal tentaram ligar várias vezes para o CCO (Centro de Controle
de Operações), mas não foram atendidos. Vale ressaltar que a Reportagem do Blog
tem recebido várias queixas, quando de plantão nas madrugadas, na Delegacia de
Polícia Civil, dando conta de que quando o CCO funcionava sob a
responsabilidade Polícia Militar o atendimento era eficiente e imediato, mas,
após passar para a responsabilidade do município, o atendimento ficou precário.
Fonte Ze dudu
(Caetano Silva)