Cidade de Rio Maria – PA. (Foto: )
Até o momento o médico José Aimirim Ferreira, não
se manifestou. Ele é acusado de perfurar o intestino de Giselia Pereira dos
Anjos (27) que veio a óbito no dia 03 de janeiro último. Vários órgãos de
comunicação tentaram falar com o médico e não conseguiram. Mas a expectativa é
que nesta terça-feira (25) ele compareça a delegacia de Polícia de Rio Maria
para cumprir intimação feita pelo delegado de Polícia Civil, Luiz Alberto Lima
de Almeida Junior. O depoimento está marcado para às 16h.
O delegado tem até o dia sete do próximo mês para
concluir o inquérito que investiga o caso. Nos dias 19, 20 e 21 últimos, a
polícia ouviu três servidoras que faziam parte da equipe que auxiliou o médico
no dia cirurgia. Eliana Luiz, Andreia Alves e Cleonice Ribeiro – ambas técnicas
de enfermagem – confirmaram que o médico José Aimirim realizou a cesariana. O
teor dos depoimentos, não mudaram em nada o que já está incluso nos autos. A
expectativa agora é para saber o que o médico vai falar em seu depoimento marcado
para hoje.
RESPONSABILIDADE: O A Notícia Portal, apurou que os
erros em torno da morte de Giselia, não aconteceram somente no ato da cirurgia.
A ausência de documentos sobre os procedimentos realizados pelo referido
médico, apontam agravantes que recaem sobre a direção do Hospital, secretaria
de saúde e o gabinete da prefeita Márcia Ferreira, que permitiu a sua
contratação e permanência no hospital mesmo ele sendo reincidente em caso
semelhante, dando a entender que o único cuidado adotado pelo município era
manter oculta a atuação do médico.
A família tentou ter acesso ao prontuário médico do
dia da cirurgia, e após exaustivas reivindicações de acesso ao documento,
recebeu a confirmação de que não existe prontuário registrando a atuação do
referido médico. Nem mesmo a receita emitida por José Aimirim tem a sua
assinatura ou carimbo. O A Notícia Portal também apurou que no mesmo dia mais
dois partos foram feitos pelo médico e nenhum existe prontuário. Os indícios
levam a crer, que a direção do hospital tenta esconder a atuação do médico.
ROTINA: Em outro caso recente em que uma jovem foi
submetida a uma cesariana no mesmo hospital pelo mesmo médico e foi deixado
pedaços de gases dentro de sua barriga, ocasionando um sério problema, em que a
mãe sobreviveu, mas está usando bolsa de colostomia – o prontuário também não
existe. A atuação do médico também não foi registrada nos documentos que
deveriam existir.
O delegado de Polícia Civil, Luiz Alberto Lima de
Almeida Junior ainda tem 13 dias para concluir o inquérito, sem prorrogação. Um
laudo emitido pela direção do Hospital Regional de Redenção e um relatório
assinado pelo médico que detectou a perfuração no intestino de Giselia –
confirmam o erro médico ocorrido no hospital municipal. A confirmação de ocultar
a atuação do médico também está materializada nos autos. Na cidade é grande a
comoção por justiça e a opinião pública aguarda para saber quem será indiciado.
(Da redação – A Notícia Portal Play TV)