Em Tucuruí, a Polícia Civil procura Erick Matheus,
26 anos, que, na noite de quarta-feira (15), matou, com uma facada no pescoço,
a transexual Danielly do Carmo Santos, 24 anos, com quem mantinha união estável
havia cerca de um ano. Porém devido à convivência conturbada, segundo parentes
da vítima, já que ele alimentava ciúme doentio por ela, Danielly resolveu
terminar o relacionamento, mas Erick não aceitava.
No dia do crime, por volta das 22h, após acirrada
discussão na casa da mãe de Danielly, Erick, que é estudante de Teologia e
mantém um canal religioso no Youtube, desferiu o golpe fatal. O crime aconteceu
na Rua Cametá, no Bairro Peniel.
Dany, como também era conhecida, ainda chegou a ser
socorrida pela irmã, Daiane do Carmo Santos, que a conduziu à UPA (Unidade de
Pronto Atendimento), onde foi constatado que ela já estava morta.
Brasil lidera há 13 anos o assassinato de pessoas
trans
Em 2021, foram registrados 140 assassinatos de
pessoas trans no Brasil. Deste total, 135 tiveram como vítimas travestis e
mulheres transexuais e cinco vitimaram homens trans e pessoas transmasculinas.
O número foi menor do que o do ano anterior, quando
foram registrados 175 assassinatos de pessoas trans. Mas foi superior ao de
2019, no período pré-pandemia, quando foram contabilizados 124 óbitos. O número
de 2021 está acima da média desde 2008, de 123,8 homicídios anuais de pessoas
pertencentes a esse segmento.
Os dados estão no Dossiê Assassinatos e Violências
Contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2021. O estudo foi realizado pela
da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) com apoio de
universidades como a Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Federal de São Paulo
(Unifesp) e Federal de Minas Gerais (UFMG).
O Brasil foi, pelo 13º ano consecutivo, o país onde
mais pessoas trans foram assassinadas. Em relação à distribuição geográfica,
São Paulo foi o estado com mais homicídios (25), seguido por Bahia (13), Rio de
Janeiro (12) e Ceará e Pernambuco (11). Além dos casos no Brasil, foram
identificados dois assassinatos de brasileiras trans em outros países, um na
França e outro em Portugal. (Imagem: Facebook)
Por Eleuterio
Gomes – De Marabá, com informações da Agência Brasil
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