Na tarde desta terça-feira (4), a Polícia Militar
recebeu, por meio do CCO (Centro de Controle e Operações), de que em um lava a
jato, no Bairro Vila Rica, havia grande quantidade de explosivos armazenada.
Uma guarnição se dirigiu ao local indicado e, numa área externa do
estabelecimento, encontrou dois sacos com nada menos que 130 peças de artefatos
bélicos. O proprietário do local, identificado como José Idelvan, foi preso em
flagrante, com base no artigo 16 do Estatuto do Desarmamento e pode pegar pena
de três a seis anos de prisão.
Ouvido pela Reportagem do Blog, o delegado Erivaldo
Campelo da Silva, diretor da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, de
Parauapebas, disse que determinou a abertura de inquérito para saber se o
material explosivo tem relação com o ataque a um carro-forte, na segunda-feira
(3), que culminou com a explosão do veículo, na Rodovia BR-155, à altura da
Vila Sororó.
Interrogado, Ildevan disse que havia arrendado o
lava a jato por uma semana para uma pessoa de prenome Welisson, que teria dito
que os explosivos estavam apenas guardados ali e que pertenciam a um amigo dele
que trabalha na área de mineração em Parauapebas e em Marabá.
“Ele disse ainda que esse material não foi
utilizado no atentado ao carro-forte. As investigações continuam em andamento
para sabermos se realmente se existe essa ligação ou não. O fato é que ele foi
preso em flagrante autuado no artigo 16 do estatuto do desarmamento”, disse o
delegado.
O código 16 do Estatuto do Desarmamento diz que é
crime: “Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso
proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar”
“Então, como a pena máxima é de mais de quatro
anos, não cabe fiança em sede policial. Podendo ser possível a liberação
mediante fiança na audiência de custódia. Até o momento ele continua preso. O
material apreendido será periciado pela Polícia Científica e entregue ao
Exército”, concluiu Erivaldo Machado.
(Caetano Silva)