Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

POLÍCIA
Publicada em 17/03/23 às 06:20h - 334 visualizações
Belém: Justiça determina perda de cargo de policial condenado por matar cachorro a tiros
\'Lobinho\' morreu ao ser baleado no Natal de 2020. Policial disse que atirou para se defender do ataque do cão, mas testemunhas desmentiram essa versão

Jornal O Niquel


Justiça determinou a perda de cargo do policial Luiz Augusto de Almeida da Silva, condenado em outubro de 2022 a quatro de prisão e multa por matar a tiros o cachorro Lobinho, no Natal de 2020 no bairro Pedreira, em Belém.

A decisão da condenação dele foi acolhida agora, cinco meses depois do julgamento, após recurso. Na época da morte do animal, o caso foi denunciada nas redes sociais e chocou a população.

No início do ano passado, a PM decidiu expulsar o cabo da corporação por decisão do Conselho de Disciplina da Polícia Militar.

Na decisão de ontem, quarta (15), divulgada nesta quinta-feira (16) pela Justiça, a 11ª Vara Criminal da capital determinou a perda do cargo de Luiz, além de manter a decisão anterior, que condenou o cabo a quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto e multa de R$ 4.282,40 por matar a tiros o cachorro.

“Este Juízo decreta a perda do cargo público, devendo ser oficiado ao Comando Geral da Polícia Militar acerca dessa decisão, bem como aos demais órgãos competentes, caso necessário”‘, diz a decisão.

Em nota, nesta quinta-feira (16), a PM informou que “o cabo foi licenciado a bem da disciplina desde 5 de janeiro de 2023”, sem responder detalhes sobre a decisão de expulsá-lo da corporação e a atual determinação judicial.

Morte de Lobinho a tiros

De acordo com testemunhas, por volta das 6h do dia 25 de dezembro de 2020, um homem desceu de um carro preto, próximo à esquina com a travessa Angustura, e perguntou para o porteiro de um prédio se o cachorro, que estava na frente do edifício, era de algum morador do condomínio.

O porteiro respondeu que “não” e, em seguida, o homem sacou uma arma e disparou duas vezes contra o animal, aparentemente sem motivo algum.

O então PM confessou os disparos e alegou ter atirado para se defender do ataque do cão, o que não condiz com os relatos das pessoas que presenciaram o caso.

Um dia após o crime, dezenas de manifestantes foram ao local da morte do cachorro e levavam cartazes que pediam o cumprimento da pena cinco anos de prisão, para quem comete esse tipo de delito.

(Fonte: G1)















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