Justiça determinou a perda de cargo do policial
Luiz Augusto de Almeida da Silva, condenado em outubro de 2022 a quatro de prisão
e multa por matar a tiros o cachorro Lobinho, no Natal de 2020 no bairro
Pedreira, em Belém.
A decisão da condenação dele foi acolhida agora,
cinco meses depois do julgamento, após recurso. Na época da morte do animal, o
caso foi denunciada nas redes sociais e chocou a população.
No início do ano passado, a PM decidiu expulsar o
cabo da corporação por decisão do Conselho de Disciplina da Polícia Militar.
Na decisão de ontem, quarta (15), divulgada nesta
quinta-feira (16) pela Justiça, a 11ª Vara Criminal da capital determinou a
perda do cargo de Luiz, além de manter a decisão anterior, que condenou o cabo
a quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto e multa de R$
4.282,40 por matar a tiros o cachorro.
“Este Juízo decreta a perda do cargo público,
devendo ser oficiado ao Comando Geral da Polícia Militar acerca dessa decisão,
bem como aos demais órgãos competentes, caso necessário”‘, diz a decisão.
Em nota, nesta quinta-feira (16), a PM informou que
“o cabo foi licenciado a bem da disciplina desde 5 de janeiro de 2023”, sem
responder detalhes sobre a decisão de expulsá-lo da corporação e a atual
determinação judicial.
Morte de Lobinho a tiros
De acordo com testemunhas, por volta das 6h do dia
25 de dezembro de 2020, um homem desceu de um carro preto, próximo à esquina
com a travessa Angustura, e perguntou para o porteiro de um prédio se o
cachorro, que estava na frente do edifício, era de algum morador do condomínio.
O porteiro respondeu que “não” e, em seguida, o
homem sacou uma arma e disparou duas vezes contra o animal, aparentemente sem
motivo algum.
O então PM confessou os disparos e alegou ter
atirado para se defender do ataque do cão, o que não condiz com os relatos das
pessoas que presenciaram o caso.
Um dia após o crime, dezenas de manifestantes foram
ao local da morte do cachorro e levavam cartazes que pediam o cumprimento da
pena cinco anos de prisão, para quem comete esse tipo de delito.
(Fonte: G1)