Em Ourilândia do Norte, José Alves Paulo, 68 anos, foi condenado a 13
anos de prisão pelo Tribunal do Júri, em julgamento realizado na última
terça-feira 28 de março, na cidade de Ourilândia do Norte, no sul do Pará.
A condenação de José Alves, é pelo assassinato de Valteli Francisco
Bento, executado em 24 de fevereiro de 2019, na Vicinal do Picadão.
O motivo do crime, considerado fútil pelo Ministério Público Estadual
(MPE), foram desavenças causadas pelo fato do cunhado de Valteli, Lindomar Rosa
Cabral, ter mudado do local com a família após ter sido ameaçado de morte por
José Alves Paulo, tendo Valteli ficado sem onde colocar seu gado, já que antes
usava o pasto de Lindomar.
Após o crime, José Paulo, alegou que atirou em Valteli, em legítima
defesa. Afirmação refutada pelo MPE, que, na denúncia enviada à Justiça
contradiz essa tese, afirmando que de acordo com o Laudo de Exame Cadavérico “a
vítima foi atingida por projéteis de arma de fogo no olho, face, crânio e
braços, o que, por si só já rechaça a tese de legítima defesa”.
O Júri Popular foi presidido pelo juiz substituto Matheus de Miranda
Medeiros, da Vara Única da Comarca de Ourilândia do Norte, que, ao proferir a
sentença, manteve a prisão domiciliar de José Alves Paulo, condição na qual ele
estava durante a instrução processual, que deve ser mantida em caso de recurso,
até o trânsito em julgado, quando será reavaliada.
Após o julgamento, Valdeci Moreira dos Santos, viúva de Valteli
Francisco Bento, que testemunhou o crime, sofreu um AVC (acidente vascular
cerebral), chegou a ser socorrida para o hospital municipal, porem morreu ao
dar entrada na unidade de saúde. Blog do Luiz Pereira/Com informações de
Juscelino Show repórter de Tucumã)