Operação realizada pelo Ibama em este mês de maio, na Terra Indígena
(TI) Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, com o objetivo de conter
danos ambientais em 30 áreas sob alerta de desmatamento ilegal, desmobilizou
mais de 20 acampamentos e estruturas de apoio usados pelos criminosos.
A extensão dos danos ambientais verificados pelo Instituto resultou no
embargo das áreas desmatadas no território indígena.
A equipe de fiscalização aponta a grilagem de terras, a consolidação da
pecuária bovina clandestina e o garimpo ilegal como principais motivos da
invasão. Estima-se que mais de 60 mil cabeças de gado sejam criadas ilegalmente
na área.
Os agentes ambientais apreenderam 10 armas de fogo, cerca de 80 munições
e sete motosserras. Dois motores estacionários, duas motos e uma caminhonete
usados pelos invasores foram destruídos. Um aparelho GPS e cadernos de
anotações contendo detalhes dos “loteamentos” planejados pelos invasores –
locais com desmatamento em curso e áreas de interesse para invasão – foram
apreendidos durante a operação.
A vila Renascer, criada pelos invasores no interior da TI Apyterewa
próximo à base da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), era usado na
articulação das ações ilegais, com instalação clandestina de energia, postos de
combustível e pontos de comércio.
Poucos quilômetros ao sul da TI, invasores utilizam a vila Taboca como
ponto de apoio para a grilagem de terras e comércio ilegal do gado criado
clandestinamente. Os agentes notificaram os infratores a retirarem os rebanhos
da TI, caso contrário os animais seriam apreendidos.
Também foram identificados indícios de crimes contra a fauna. Um caçador
foi flagrado com arma usada para matar uma onça-pintada. A ação criminosa foi
registrada e narrada em vídeo encontrado em celular do próprio autor do crime
ambiental. (Blog do Luiz Pereira/Fonte Assessoria de Comunicação do Ibama)