Dezenas de mandados judiciais estão sendo cumpridos nesta quarta-feira
(27) durante uma operação da Polícia Federal que investiga o tráfico
internacional de drogas. A ação corresponde à segunda fase da operação Flak –
realizada em 2019.
São 31 mandados de busca e apreensão emitidos pela 4ª Vara da Seção
Judiciária do Tocantins sendo cumpridos em cidades do Pará e de Goiás: Goiânia,
Tucumã e São Félix do Xingu, no sul do Pará.
A investigação é contra uma organização criminosa que supostamente faz o
tráfico internacional de drogas a partir dos países produtores, como a
Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru, até países de passagem ou destinatários
finais como o Brasil, Honduras, Suriname
Para executar o tráfico, o grupo criminoso adquiria aeronaves,
registrava em nome de “laranjas”, contratava pilotos e controlava aeroportos
clandestinos.
Conforme a PF, esta segunda fase identificou que a organização criminosa
tinha também uma estrutura de câmbio ilegal e movimentação financeira paralela,
fora do sistema bancário para lavar dinheiro, bens e ativos.
Para isso, o grupo usava empresas de turismo e agências de câmbio em
Palmas e Goiânia (GO). A organização criminosa também lavava dinheiro por meio
da utilização de postos de combustíveis nas cidades de Tucumã (PA) e Aparecida
de Goiânia (GO), além de criar empresas de fachada e adquirir imóveis
registrados em nome laranjas.
Operação Flak
O grupo criminoso começou a ser investigado em 2018 depois que uma
aeronave com 300 quilos de cocaína foi apreendida em Formoso do Araguaia. O
principal investigado, apontado como chefe da quadrilha, é João Soares Rocha.
(Fonte G1/TO)
Operação
da PF cumpre mandados em Tucumã e São Félix do Xingu; 41 pessoas são
investigadas por tráfico internacional de drogas
A segunda
fase da operação 'Flak' investiga suspeitos do Pará, do Tocantins e de Goiás,
que supostamente usam fazendas e empresas de fachada no esquema investigado
31 mandados de busca e apreensão e medidas de bloqueio de bens miram 41
pessoas investigadas na segunda etapa da operação, que cumpre mandados em
Tucumã e São Félix do Xingu. (Foto: Polícia Federal)
A Polícia Federal deflagrou, na
manhã desta quarta-feira (27), a segunda fase da operação “Flak”, que investiga
um suposto esquema de tráfico internacional de drogas. Estão sendo investigadas
41 pessoas do Pará — com mandados de busca e apreensão em Tucumã e São Félix do
Xingu, no sul do estado —, de Goiás e do Tocantins. A organização criminosa,
informa a PF, é especializada em ações de logística do tráfico internacional de
drogas, mediante transporte pelo modal aéreo.
Ao todo, são 31 mandados de
busca e apreensão sendo cumpridos. Há também medidas de sequestro de bens como
aeronaves, veículos de luxo, apartamentos, casas e nove fazendas, além de
boqueio das contas bancárias de 41 pessoas envolvidas com os fatos sob
investigação. As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal da Seção
Judiciária do Estado do Tocantins.
“Conforme apurado, a organização
criminosa investigada é dedicada ao transporte internacional de drogas a partir
dos países produtores, como Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru, até países de
passagem ou destinatários finais, especialmente, o Brasil, Honduras, Suriname,
América do Norte, África e Europa. Para executar as suas atividades ilegais, o
grupo adquiria aeronaves e as registrava fraudulentamente em nome de
“laranjas”, controlava aeroportos clandestinos e contava com pilotos entre seus
membros”, informou a PF por nota.
Na segunda fase da operação
Flak, a Polícia Federal identificou que a organização criminosa vinha
utilizando uma estrutura de câmbio ilegal e movimentação financeira paralela,
fora do sistema bancário formal, com lavagem de dinheiro, bens e ativos. A PF
afirma que esse aparato, constituído por agências de câmbio e turismo situadas
em Palmas (TO) e Goiânia (GO), era utilizado com os objetivos de proteger os
valores oriundos do tráfico internacional de drogas e viabilizar a utilização
desses recursos ilegais.
“De acordo com as provas e
indícios obtidos durante a investigação, a organização criminosa também
executava a lavagem de capitais mediante a utilização de postos de combustíveis
localizados nas cidades de Tucumã e Aparecida de Goiânia, a constituição de
’empresas de fachada’ e o registro, em nome de laranjas’, de bens móveis e
imóveis adquiridos com recursos obtidos com o narcotráfico. Os investigados
poderão responder pelas práticas dos crimes de associação para a lavagem de
dinheiro e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas, podem ultrapassar
20 anos de reclusão”, concluiu a nota da PF.