Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

POLÍCIA
Publicada em 28/09/23 às 06:34h - 648 visualizações
Aviões, fazendas e postos são sequestrados pela PF em operação contra tráfico internacional, em cidades do sul do Pará e Goiás

Jornal O Niquel

Dezenas de mandados judiciais estão sendo cumpridos nesta quarta-feira (27) durante uma operação da Polícia Federal que investiga o tráfico internacional de drogas. A ação corresponde à segunda fase da operação Flak – realizada em 2019.

São 31 mandados de busca e apreensão emitidos pela 4ª Vara da Seção Judiciária do Tocantins sendo cumpridos em cidades do Pará e de Goiás: Goiânia, Tucumã e São Félix do Xingu, no sul do Pará.

A investigação é contra uma organização criminosa que supostamente faz o tráfico internacional de drogas a partir dos países produtores, como a Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru, até países de passagem ou destinatários finais como o Brasil, Honduras, Suriname

Para executar o tráfico, o grupo criminoso adquiria aeronaves, registrava em nome de “laranjas”, contratava pilotos e controlava aeroportos clandestinos.

Conforme a PF, esta segunda fase identificou que a organização criminosa tinha também uma estrutura de câmbio ilegal e movimentação financeira paralela, fora do sistema bancário para lavar dinheiro, bens e ativos.

Para isso, o grupo usava empresas de turismo e agências de câmbio em Palmas e Goiânia (GO). A organização criminosa também lavava dinheiro por meio da utilização de postos de combustíveis nas cidades de Tucumã (PA) e Aparecida de Goiânia (GO), além de criar empresas de fachada e adquirir imóveis registrados em nome laranjas.

Operação Flak

O grupo criminoso começou a ser investigado em 2018 depois que uma aeronave com 300 quilos de cocaína foi apreendida em Formoso do Araguaia. O principal investigado, apontado como chefe da quadrilha, é João Soares Rocha. (Fonte G1/TO)

Operação da PF cumpre mandados em Tucumã e São Félix do Xingu; 41 pessoas são investigadas por tráfico internacional de drogas



A segunda fase da operação 'Flak' investiga suspeitos do Pará, do Tocantins e de Goiás, que supostamente usam fazendas e empresas de fachada no esquema investigado


31 mandados de busca e apreensão e medidas de bloqueio de bens miram 41 pessoas investigadas na segunda etapa da operação, que cumpre mandados em Tucumã e São Félix do Xingu. (Foto: Polícia Federal)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (27), a segunda fase da operação “Flak”, que investiga um suposto esquema de tráfico internacional de drogas. Estão sendo investigadas 41 pessoas do Pará — com mandados de busca e apreensão em Tucumã e São Félix do Xingu, no sul do estado —, de Goiás e do Tocantins. A organização criminosa, informa a PF, é especializada em ações de logística do tráfico internacional de drogas, mediante transporte pelo modal aéreo.

Ao todo, são 31 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos. Há também medidas de sequestro de bens como aeronaves, veículos de luxo, apartamentos, casas e nove fazendas, além de boqueio das contas bancárias de 41 pessoas envolvidas com os fatos sob investigação. As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Tocantins.

“Conforme apurado, a organização criminosa investigada é dedicada ao transporte internacional de drogas a partir dos países produtores, como Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru, até países de passagem ou destinatários finais, especialmente, o Brasil, Honduras, Suriname, América do Norte, África e Europa. Para executar as suas atividades ilegais, o grupo adquiria aeronaves e as registrava fraudulentamente em nome de “laranjas”, controlava aeroportos clandestinos e contava com pilotos entre seus membros”, informou a PF por nota.



Na segunda fase da operação Flak, a Polícia Federal identificou que a organização criminosa vinha utilizando uma estrutura de câmbio ilegal e movimentação financeira paralela, fora do sistema bancário formal, com lavagem de dinheiro, bens e ativos. A PF afirma que esse aparato, constituído por agências de câmbio e turismo situadas em Palmas (TO) e Goiânia (GO), era utilizado com os objetivos de proteger os valores oriundos do tráfico internacional de drogas e viabilizar a utilização desses recursos ilegais.

“De acordo com as provas e indícios obtidos durante a investigação, a organização criminosa também executava a lavagem de capitais mediante a utilização de postos de combustíveis localizados nas cidades de Tucumã e Aparecida de Goiânia, a constituição de ’empresas de fachada’ e o registro, em nome de laranjas’, de bens móveis e imóveis adquiridos com recursos obtidos com o narcotráfico. Os investigados poderão responder pelas práticas dos crimes de associação para a lavagem de dinheiro e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão”, concluiu a nota da PF.











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