Funcionários e estudantes do
Núcleo de um Educação Infantil (NEI) em Marabá correram perigo real e viveram
momentos de extrema tensão, no final da manhã desta quarta-feira (11). Armada
com um facão, uma tesoura e uma faca de mesa, Maylcelia Rodrigues da Silva
invadiu o NEI Henrique Campos Santos, no Bairro Bela Vista. Ela ainda agrediu,
a socos e empurrões, duas funcionárias do estabelecimento de ensino.
A prisão da acusada foi feita por uma guarnição do 34º Batalhão de Polícia
Militar (34º BPM), que, acionada, chegou rapidamente ao local e conseguiu
capturar Maylcelia já dentro de uma casa onde ela tentou se esconder, depois de
pular várias cercas de quintais, tentando fugir da PM.
Visivelmente fora de si, Maylcelia disse que entrou na escola para tentar
resgatar sua filha, cuja guarda ela perdeu há cerca de oito meses. Maylcelia
confessou ainda que é usuária de drogas. Além disso, ela usa uma bolsa de
colostomia há dois meses, depois de levar um tiro desferido pelo seu cunhado
durante uma luta corporal entre eles.
Depois que os homens do 34º BPM controlaram a situação, a acusada, além das
duas funcionárias agredidas, e ainda a avó materna da criança foram levadas
para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil a fim de prestar esclarecimentos.
O OUTRO LADO
Na delegacia, ela conversou com a reportagem do CORREIO. Embora estivesse
visivelmente alterada, Maylcelia parecia consciente do que fez. Ela disse que
estava apenas tentando ver sua filha, pois não tinha contato com a criança há
sete meses.
A mulher disse ter clareza de que errou ao ir até a escola armada, mas ponderou
que não fez mal a ninguém, pois não sacou as armas que usava. “Se eu quisesse
fazer alguma coisa, eu tinha feito”, afirmou, ao observa que, como mãe, ela tem
direito de ver a filha, mas isso lhe tem sido negado.
(Chagas Filho, com informações
de Josseli Carvalho e Polícia Militar)
Fonte Correio de Carajás