Sétima fase da ação mobilizou 9
estados, 5 países, órgãos continentais e até a Premier League, que organiza o
campeonato de futebol inglês. Cinco pessoas foram presas; policiais cumpriram
30 mandados de busca.
Policiais civis cumprem mandados
da operação 404, contra pirataria, em Curitiba — Foto: Ministério da
Justiça/Divulgação
Uma operação do Ministério da
Justiça e Segurança Pública tirou do ar, nesta quinta-feira (19), 675 sites e
14 aplicativos de streaming ilegal.
A ação é a sétima fase da
“Operação 404” – o nome faz referência ao “erro 404” que, no protocolo de
internet, indica que o usuário tentou acessar uma página não encontrada.
A operação, segundo o governo,
faz parte de uma mobilização internacional contra infrações a direitos
autorais.
Além de derrubar os sites, os
conteúdos (áudio, vídeo e jogos, por exemplo) foram removidos dos servidores e
desindexados dos mecanismos de buscas. Páginas e perfis também foram derrubados
das redes sociais.
30 mandados de busca e apreensão
Ao todo, de acordo com o
ministério, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão. Cinco
pessoas foram presas.
Ainda segundo o governo, os
investigados são “suspeitos de distribuir conteúdo pirata em sites e
plataformas digitais, prática que causa prejuízos significativos à economia e à
indústria criativa, além de ferir os direitos de autores e artistas“.
“As perdas para o setor cultural
e criativo são significativas, mas os danos vão além do impacto econômico”, diz
o Ministério da Justiça.
Em operação recente, também sobre
pirataria, policiais identificaram que os mesmos sites que distribuíam conteúdo
sem autorização também espalhavam vírus e malwares – deixando os computadores
dos usuários vulneráveis a roubo de dados e outros tipos de ataque.
Cooperação internacional
Segundo o governo, a ação foi
coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de
Segurança Pública, vinculada ao ministério.
Cumpriram os mandados as polícias
civis de nove estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São
Paulo.
Os ministérios públicos de São
Paulo e de Santa Catarina também participaram da ação.
Houve, ainda, o envolvimento de
órgãos de cinco países (Argentina, Reino Unido, Estados Unidos, Peru e
Paraguai); dois continentes (América Latina e União Europeia); e de entidades
de defesa dos direitos artísticos e autorais nacionais e internacionais.
Veja abaixo a lista de
associações, entidades e órgãos de investigação:
- Unidad Fiscal Especializada en Investigación de
Ciberdelitos (UFEIC), da Argentina;
- City of London Police – Police Intellectual
Property Crime Unit e Intellectual Porperty Office (IPO), do Reino Unido;
- Departamento
de Justiça e Departamento
de Comércio, dos EUA;
- Instituto
Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad
Intelectual (INDECOPI), do Peru;
- Unidad Especializada en Hechos Punibles Contra la
Propiedad Intelectual do Paraguai;
- Premier League (organizadora do campeonato de
futebol inglês);
- Alliance for Creativity and Entertainment (ACE);
- Associação Brasileira de Televisão por Assinatura
(ABTA);
- Aliança Contra a Pirataria de Televisão Paga
(ALIANZA) – América Latina;
- Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP);
- Associação
Protetora dos Direitos Intelectuais e Fonográficos (APDIF);
- Motion Picture Association (MPA) – América Latina;
- Representing the Recording Industry Worldwide
(IFPI);
- Entertainment
Software Association (ESA);
- Instituto de Propriedade Intelectual da União
Europeia (EUIPO); e
- Dirección Nacional de Propiedad Intelectual
(DINAPI), do Paraguai.
(Fonte:G1)