Boa notícia para condutores que trafegam pelo maior
corredor de riquezas do interior do Pará: o Governo do Estado está com uma
licitação em curso para recuperar a rodovia PA-275, da área urbana de
Parauapebas ao entroncamento da BR-155 em Eldorado do Carajás. A estrada é via
intermediária que une as duas maiores e mais importantes cidades do sudeste
paraense, Marabá e Parauapebas. Pela rodovia PA-275 circula, anualmente, um
Produto Interno Bruto (PIB) avaliado em R$ 19,65 bilhões, que é a soma das
riquezas produzidas pelos três municípios cortados pela estrada e por onde se
deslocam pelo menos 250 mil habitantes. As informações foram levantadas pelo
Blog do Zé Dudu.
Iniciado em maio, o processo licitatório havia sido
suspenso no dia 8 deste mês para alterações e adaptações ao Termo de Referência
que consubstancia a concorrência. As mudanças sequer foram necessárias. Nesta
quarta-feira (29), a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) divulgou no
Diário Oficial do Estado o resultado da habilitação das empresas interessadas
em pegar a megaempreitada. Estão no páreo a BA Engenharia e Meio Ambiente, a
CFA Construções, Terraplenagem e Pavimentação, a JM Terraplenagem e a TSC
Infraestrutura e Construções.
O Blog levantou que a obra de restauração da pista
de rolamento e implantação de acostamento na PA-275 tem custo estimado em R$
59.945.237,87 e é dividida em dois lotes para 18 meses de obras, a partir da
assinatura da ordem de serviço. O primeiro lote, no valor de R$ 28.496.959,92
contempla o subtrecho entre Eldorado do Carajás e Curionópolis, totalizando
31,5 quilômetros de extensão. O segundo, com orçamento de R$ 31.448.277,95, é
referente ao subtrecho de Curionópolis a Parauapebas, na extensão de 31,2
quilômetros. Dezenas de postos de trabalho serão gerados, tanto para
engenheiros quanto para técnicos e auxiliares, nos dois subtrechos do
empreendimento.
A PA-275 está implantada em zona onde não existe
sistema de drenagem superficial eficiente que proteja o pavimento de erosões
provocadas por velocidades excessivas da água para o tipo de solo da região.
Por isso, é comum o aparecimento de acúmulo de águas nas laterais provenientes
de rios e igarapés. Essas áreas são periodicamente inundáveis e vulneráveis no
inverno amazônico, havendo necessidade de elevar o greide e implantar linhas de
drenagem superficial (meio-fio, sarjeta, entradas e descidas d’água e
dissipadores) e drenagem profunda (bueiro) a fim de garantir a segurança do
trecho.
Segundo a Setran, “serão analisadas as condições
geométricas da rodovia e determinada sua capacidade de tráfego para um período
de dez anos”. Por se tratar de conservação e restauração, serão propostos
melhoramentos localizados nos pontos de estrangulamento encontrados, elevação
de greide, correção do traçado e adequação dos raios de curvatura.