Na próxima sexta-feira (7) acontece a inauguração
do Museu Francisco Coelho, bastante aguardada pela comunidade marabaense.
Todavia, como a abertura ocorre durante a pandemia, a Fundação Casa da Cultura,
que faz a gestão do espaço, elaborou rigoroso protocolo, que valerá tanto para
a cerimônia de inauguração quanto para as visitações, que iniciarão no dia 11.
O museu foi instalado no Palacete Augusto Dias,
prédio que tem 81 anos de existência e a reforma e instalação das exposições
ocorreram sem modificação nas características de prédio tombado como patrimônio
histórico municipal. “É um ambiente inovador, projetado por especialistas em
várias áreas, que agrega elementos da história centenária de Marabá e, ao mesmo
tempo, proporciona ao visitante uma experiência tecnológica, com várias
novidades”, adianta o presidente da Fundação Casa da Cultura, Marlon Prado.
Os antigos gabinetes de vereadores e espaços
administrativos do Poder Legislativo, nos dois pavimentos, viraram espaços de
exposição sobre a história local, as artes plásticas, os ciclos econômicos de
Marabá – do caucho à mineração – além de etnologia, arqueologia, espeleologia
(com uma caverna), geologia, botânica, lendas regionais, auditório para
palestras, entre outros.
Ferramentas tecnológicas farão a experiência do
visitante, sobretudo crianças e adolescentes, se tornar mais participativa,
inclusive com colaboração na construção da linha do tempo da história de
Marabá, passagem por dentro de um rio virtual e contato com o holograma de um
indígena. “Uma grande equipe, com profissionais de várias áreas, foi
responsável pela construção desse equipamento público que agora está sendo
entregue pela Prefeitura de Marabá, contando com recursos da Vale e apoio do
Ministério Público do Estado do Pará”, destaca Marlon Prado.
A diretora do Museu, Wânia Gomes, ressalta que o
Francisco Coelho contará, também, com uma lojinha de produtos com temática
regional para oferecer aos visitantes que quiserem levar uma lembrança do
espaço, além do “Café do Seu Chico”, que ficará aberto durante boa parte do dia
e da noite para oferecer uma experiência de convivência personalizada, com
lanches, cafezinho e outros itens.
Outra novidade é a instalação, no prédio, de um
elevador para permitir o acesso de cadeirantes ao segundo piso, algo que não
tinha no passado. As etiquetas informativas na porta de cada sala também
recebem informações em braile para contemplar visitantes cegos e de baixa
visão.
Cuidados
redobrados
A direção da Fundação Casa da Cultura vai redobrar
os cuidados na cerimônia de inauguração do museu. O acesso ao espaço no próximo
dia 7 será apenas para autoridades e colaboradores envolvidos na implantação.
Uma equipe ficará na entrada para controlar o
acesso e outra garantirá que todos entrem de máscara. A cerimônia ocorrerá na
área externa, que aliás ganhou um jardim bastante aconchegante. Da cerimônia de
descerramento das placas de inauguração, na área interna, vão participar apenas
o prefeito Tião Miranda; o presidente da Câmara, Pedro Corrêa; o presidente da
Fundação Casa da Cultura, Marlon Prado; um representante da Vale; e uma equipe
de imagem, da própria Assessoria de Comunicação da prefeitura, que repassará as
imagens aos veículos de comunicação locais.
“O protocolo de segurança da cerimônia foi aprovado
por autoridades sanitárias, com disponibilização de álcool em gel no portão de
entrada e no hall do prédio”, antecipa Marlon Prado.
Saiba mais sobre
o Palacete
O Palacete Augusto Dias, localizado em frente à
Praça Duque de Caxias, foi construído na administração do prefeito Augusto de
Figueiredo Dias, iniciando em 1936 e sendo inaugurado em 1939. Ele foi
projetado para abrigar a Prefeitura Municipal, Secretarias, Poder Legislativo e
o Fórum da Comarca local.
Com a transferência da prefeitura para a nova sede,
na Folha 31, Nova Marabá, na década de 1970, o espaço continuou a abrigar
apenas a Câmara Municipal e o Fórum, este último transferido, posteriormente,
para sua sede própria, na Folha 30, Nova Marabá.
Na administração do prefeito Haroldo Bezerra, em
1993, o Palacete Augusto Dias foi tombado como Patrimônio Histórico Municipal,
no dia 5 de abril, pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico.
Quando iniciaram as discussões sobre a construção
de uma nova sede para o Poder Legislativo, em meados da década de 2000, o
vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito, então presidente da
Câmara Municipal, apresentou um Anteprojeto de Lei para transformação do prédio
do Palacete Augusto Dias em Museu Municipal.
Em dezembro de 2010, a Câmara Municipal foi
transferida para a nova sede, na Agrópolis do Incra, e a partir de então
começou a ser elaborado um projeto para restauro do prédio, por meio de
parceria com a empresa Vale.
As obras iniciaram na gestão anterior, mas acabaram
sendo paralisadas em função de desalinhamento com a empresa vencedora da
licitação. Quando o prefeito Tião Miranda assumiu, em 2017, realinhou a
parceria com a Vale com apoio do Ministério Público Estadual e determinou a
retomada das obras de restauro por meio de empresa especializada, sob a gestão
da Fundação Casa da Cultura de Marabá.
Assim que as obras de restauro foram concluídas,
uma licitação foi realizada para aquisição de mobília e o trabalho museológico
de todos os espaços do Palacete Augusto Dias.
(Fonte: Ascom
PMM)