Publicado em 18/03/2021 - 21:26 Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília (Foto: )
O presidente Jair Bolsonaro afirmou
nesta quinta-feira (18), durante sua live semanal nas redes sociais, que a
Advocacia Geral da União (AGU), com supervisão do Ministério da Justiça e
Segurança Pública (MJSP), ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade
(Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra as medidas de restrição à
circulação de pessoas adotadas por governos estaduais e prefeituras para conter
o avanço da pandemia. O presidente destacou que a ação questiona
especificamente três decretos estaduais, mas não informou quais eram as
unidades da federação.
"Bem, entramos com uma
ação hoje. Ação direta de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal
Federal exatamente buscando conter esses abusos. Entre eles, o mais importante,
é que a nossa ação foi contra decreto de três governadores. Que, inclusive, no
decreto, o cara bota ali toque de recolher. Isso é estado de defesa, estado de
sítio que só uma pessoa pode decretar: eu. Mas, quando eu assino o decreto de
defesa de sítio, ele vai para dentro do parlamento", afirmou.
Na opinião do presidente, não deve
haver restrições à circulação nem ao funcionamento das atividades econômicas.
Além da vacina, as medidas são recomendadas por autoridades sanitárias como uma
das principais formas de se combater a disseminação do vírus e o consequente
colapso nos sistemas de saúde.
"Isso é uma hipocrisia de
governadores e prefeitos que fazem isso aí", disse o presidente. "Tem
gente que quer ir visitar um parente que está passando mal de noite e é impedido,
é multado. Isso é um abuso. Essas pessoas que baixam esses decretos são
projetos de ditadores", acrescentou.
Em abril do ano passado, o STF
decidiu que estados e municípios podem tomar as medidas que
acharem necessárias para combater o novo coronavírus, como isolamento social,
fechamento do comércio e outras restrições. Com a decisão, os governadores e
prefeitos também passaram a definir os serviços essenciais que poderiam
funcionar durante as diferentes fases da pandemia. Antes, somente um decreto do
presidente poderia fazer a definição.
Além da ação no STF, o presidente
informou que o governo vai apresentar um projeto de lei ao Congresso Nacional,
com urgência constitucional, para definir o que é atividade essencial, de modo
a limitar a autonomia de governadores e prefeitos para definir essa
questão.
"Mandei um projeto para a Câmara
definindo o que é atividade essencial. Atividade essencial é toda aquela que
serve para o cidadão botar o pão na mesa. Então, basicamente, tudo passa a ser
atividade essencial".
Edição: Paula Laboissière