Novos comandantes das Forças Armadas (Foto: Centro de Comunicação Social da Defesa/CCOMSOD) (Foto: )
Brasília – O presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou agora há pouco os novos comandantes das
Forças Armadas. O general Paulo Sérgio vai comandar o Exército; o
tenente-brigadeiro do ar Baptista Jr. assume a FAB, e o almirante Almir
Garnier, a Marinha.
A troca ocorre dois dias após a demissão do general
Fernando Azevedo e Silva, então ministro da Defesa, seguindo uma minirreforma
ministerial com mexida no primeiro escalão de seis ministérios feita pelo
presidente. Como os comandantes das três forças estavam desagradando o
presidente, ele decidiu substituir todo o comando das forças armadas por nomes
de sua confiança.
O ex-Comandante da Amazônia, que despachava em
Belém, general Paulo Sérgio substitui Edson Pujol, demitido por Bolsonaro com
os outros dois chefes militares, que estariam incomodados com a tentativa de
uso político das Forças Armadas pelo presidente, informação negada pelo Palácio
do Planalto.
Bolsonaro não se deteve no critério de antiguidade.
Caso seguisse a regra que não está escrita, o general mais antigo na cúpula do
Exército, general José Luiz Freitas seria o indicado, o que não aconteceu. Ele
elogiou a indicação pelas redes sociais do novo Comandante. “Escolhido o novo
Comandante do Exército, Gen Paulo Sérgio, excepcional figura humana e
profissional exemplar. Como não poderia deixar de ser, continuaremos unidos e
coesos, trabalhando incansavelmente pelo Exército de Caxias e pelo Brasil!”,
postou o general, que deve ir para a reserva em três meses.
O presidente também havia sido aconselhado a seguir
a lista para não criar atritos com generais mais experientes.
Isso porque os oficiais mais antigos passam à
reserva se um militar mais “moderno”, com menos tempo de Exército, for alçado
ao comando. A aposentadoria não é uma regra compulsória, mas costuma ter força
de norma não escrita nos quartéis.
Os oficiais costumam pedir para deixar a ativa como
forma de não serem comandados por um antigo subordinado, uma inversão na
hierarquia.
POR VAL-ANDRÉ MUTRAN
– DE BRASÍLIA