Beneficiários do pacote econômico, lançado pelo Estado, aguardam atendimento no Banpará, que opera o pagamento dos ProgramasFoto: Jader Paes / Agência Pará (Foto: )
Por Bruno Magno (CPH)
Em um mês, o programa econômico de R$ 500 milhões, lançado pelo Governo
do Estado para atenuar os efeitos negativos causados pela pandemia da
Covid-19 na economia paraense, é o maior pacote econômico já registrado
entre os maiores estados da federação e tem alcançado resultados
significativos. A afirmação é do presidente do Banpará, Braselino Assunção,
referindo-se ao pacote econômico e tributário, criado pelo Governo do Pará,
para contribuir com a retomada econômica e social em todas as regiões
estaduais.
"Para nós, do
Banpará, é muito gratificante ser a instituição financeira que está
operacionalizando esse pacote. A cada momento, estamos procurando atender os
beneficiários com conforto, segurança e comodidade, evitando aglomerações dando
suporte especial neste momento difícil", destaca Braselino Assunção,
presidente do Banpará.
Para amenizar os
impactos da pandemia de Covid-19 sobre vários setores econômicos do Pará, o
governo do Estado anunciou no último dia 15 de março, o pacote econômico e
tributário, no valor de R$ 500 milhões.
Presidente do Banpará, Braselino Assunção:
"Procuramos atender os beneficiários com conforto, segurança e
comodidade" Foto: Marco Santos / Ag. Pará
Só neste primeiro
mês, o Renda Pará e o Fundo Esperança atenderam 677 mil paraenses, com um total
de R$ 177 milhões injetados na economia.
De segunda a
sexta-feira, a diarista Jovanate Lucena, de 52 anos, realiza trabalhos
domésticos em três casas da Grande Belém para complementar a renda. Todo
dinheiro que entra é um alívio para ela, que também é uma das 530 mil e 800
beneficiárias até o momento do Renda Pará, do governo do Estado. O programa
garante auxílio único de R$ 100, para famílias em vulnerabilidade social
cadastradas no Bolsa Família, afetadas em sua economia familiar, pela pandemia
da Covid-19.
"Eu recebi o
benefício ano passado e esse ano também. É uma ajuda importante para as
famílias. Esse ano eu usei o dinheiro para comprar arroz, feijão e outras
coisinhas para casa. Pode parecer pouco, mas para quem não tem nada é uma ajuda
muito importante sim", diz Jovanete Lucena, que mora com o filho de 7 anos
e um neto de 13, no bairro da Pratinha, em Belém.
Diarista Jovanate Lucena, de 52 anos: "Eu
recebi o benefício ano passado e esse ano também. É uma ajuda importante para
as famílias"Foto: Divulgação
Assim como o Renda Pará, que até
agora destinou R$ 54,800 milhões, para o auxílio, o governo estadual também
criou também o programa Fundo Esperança, para ajudar microemprendedores
paraenses que perderam renda durante a crise econômica desencadeada pelo novo
coronavírus.
O cabeleireiro e
maquiador Luciano Almeida, de 32 anos, foi contemplado pelo Fundo Esperança e
já recebeu quase R$ 5 mil, para manter o salão de beleza, no distrito de
Icoaraci, em Belém. "Com a chegada da pandemia eu vi meu negócio ter uma
queda de quase 70%. O salão ficou fechado quase cinco meses e não tinha nenhuma
previsão para reabrir devido as restrições da pandemia, então resolvi me
inscrever no programa e graças a Deus fui contemplado”, contou o cabeleireiro Luciano
Almeida.
Luciano disse que o
dinheiro obtido pelo Fundo Esperança o ajudou a pagar os custos dos meses
parados do seu salão de beleza. “Veio em bora hora sim", disse ele, que
recebe ajuda de mais dois funcionários no salão. "Sem essa ajuda realmente
não teria como quitar as dívidas e o meu salão teria fechado",
completou.
O cabeleireiro Luciano Almeida, dono de salão de
beleza, em Icoaraci, e beneficiário do Fundo Esperança: "Veio em boa hora
sim"Foto: Divulgação
Este ano, o Fundo Esperança
disponibilizou no total R$ 150 milhões, para financiamentos de pequenos e
microempreendedores. As principais vantagens do programa são a taxa de juros de
0,2% ao mês, o prazo para pagamento de até 36 meses e a carência de 180 dias
para pagar a primeira parcela.
As regras do Fundo
Esperança possibilitam financiamentos de R$ 2 mil até R$ 50 mil, para pequenos
empreendedores que encontram dificuldades financeiras. Até o momento, 34.500
pessoas já receberam o auxílio, totalizando R$ 98,200 milhões, injetados na
economia paraense.
Também em virtude
da pandemia da Covid-19, outras categorias profissionais foram impedidas de
trabalhar, normalmente, como os músicos, garçons e trabalhadores da noite. O
técnico de iluminação Leonardo Melo, de 30 anos, é um entre centenas de pessoas
que ficaram sem renda, no Pará, com a proibição das festas e shows em Belém.
Ele conta que o período é difícil e que diversificou as atividades para
garantir renda.
"Graças a Deus
fui beneficiado com esse auxílio de R$ 500, dado pelo governo, e esse valor
está vindo em um momento muito delicado para população paraense porque muitos
de nós, autônomos, fomos muito prejudicados, então esse valor já ajuda a nossa
renda, vai ajudar bastante nessa complementação", disse ele, que
atualmente está trabalhando com vendas.
O auxílio recebido
por Leonardo integra o benefício do governo estadual que, por meio do Banco do
Estado do Pará (Banpará), paga o único valor de R$ 500, para garçons,
manicures, barbeiros, cabeleireiros, maquiadores, profissionais ligados à música
e educadores físicos autônomos. Até o momento, 42.320 paraenses foram
beneficiados com a medida, que já teve R$ 23,600 milhões, liberados pelo
governo estadual.