
Por Reuters
Mas esse indicador vem subindo desde outubro de 2020, quando esse
indicador era de 31% (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
A avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro manteve sua tendência de piora,
mostrou pesquisa XP/Ipespe (XP) de junho divulgada nesta sexta-feira, apesar da melhora da percepção
dos entrevistados sobre os rumos da economia e da preocupação com a pandemia
de Covid-19.
Essa é a primeira vez em que nota-se uma desvinculação entre a avaliação
do presidente e os indicadores da pesquisa sobre a economia e sobre a pandemia.
Segundo o levantamento, 50% dos entrevistados consideram o governo
federal “ruim” e “péssimo”, 1 ponto percentual acima do verificado na pesquisa
anterior.



Mas esse indicador vem subindo desde outubro de 2020, quando esse
indicador era de 31%.
Esse patamar de avaliação negativa é o pior já alcançado pela gestão de
Jair Bolsonaro, mas já foi registrada uma vez antes, em maio de 2020.
Os que avaliam o governo como “ótimo” e “bom” passaram de 29% em maio
deste ano a 26% em junho. Quando a pergunta é sobre a “maneira de Bolsonaro de
administrar o país”, 60% a desaprovam, enquanto 34% aprovam.
A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.
Ao abordar as perspectivas econômicas, a pesquisa aponta que oscilou
para baixo o percentual dos que consideram que a economia do país está no “caminho errado” de 63% em maio deste ano para 60% em
junho.
Os que avaliam que a economia está no “caminho certo” passaram de 26%
para 29%.
O levantamento também demonstrou uma queda do percentual dos
entrevistados que disseram estar “com muito medo” da pandemia de coronavírus.
Em maio eram 50%, e agora são 45%.
A avaliação sobre a atuação de Bolsonaro no enfrentamento à pandemia
manteve-se nos mesmos patamares verificados em maio: 58% a avaliam como “ruim”
e “péssima”, e 22% a consideram “ótima” e boa”.
Por outro lado, o número dos que aprovam a Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) diminuiu de 67% em maio para 62% em junho.
A sondagem mostrou ainda uma queda na fatia que “com certeza” irá se
vacinar. Em maio, eram 72%, enquanto em junho foram registrados 60%.
Outros 28% disseram que já se vacinaram –eram 18% em maio. Boa parte da
queda dos que dizem que irão se vacinar é compensada pelo aumento dos que já
foram vacinados. Já 5% afirmaram que não irão se vacinar, frente a 3%
verificados em maio.



Eleições
Quando o assunto é a disputa pela Presidência da República, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva registra 4
pontos percentuais de vantagem em relação ao presidente Jair Bolsonaro na
pergunta estimulada.
A pesquisa mostra Lula com 32% uma alta de 3 pontos percentuais desde o
último levantamento, enquanto Bolsonaro tem 28%, uma variação negativa de 1
ponto percentual.
Em seguida na lista estimulada de possíveis candidatos, vem o
ex-ministro Sergio Moro, com 7%; Ciro Gomes (PDT), com 6%; e o apresentador Luciano Huck, com 4%. Empatados com 3% estão o
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). Guilherme Boulos (PSOL)
registra 2%.
Em um eventual segundo turno, Lula aumenta sua vantagem sobre Bolsonaro,
passando de 2 pontos percentuais de diferença em maio para 9 pontos percentuais
agora.
O ex-presidente passou de 42% para 45%, enquanto Bolsonaro foi de 40%
para 36%.
Caso o adversário de Bolsonaro fosse Ciro Gomes, o presidente ficaria
numericamente em desvantagem. Ciro registra 41%, enquanto Bolsonaro, 37%.
Na pergunta espontânea, quando não são colocados nomes dos possíveis
candidatos, Lula e Bolsonaro empatam com 24%. Outros 36% não responderam e 8%
declaram votos brancos e nulos.
A pesquisa realizou 1.000 entrevistas entre os dias 7 e 10 de junho.
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