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ESTADAO CONTEUDO
POLÍTICA CRÍTICAS
Olíder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse concordar
com as "preocupações" levantadas por senadores após o presidente Jair
Bolsonaro participar de um desfile militar na manhã desta terça-feira, 10. O
ato foi criticado por ocorrer no dia em que a Câmara deve rejeitar o voto
impresso e o Senado deve aprovar um projeto revogando a Lei de Segurança
Nacional.
Um dos articuladores do Palácio do Planalto no Congresso, Fernando
Bezerra deixou claro que concorda com as críticas feitas na Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, mas destacou que não acompanharia o
que chamou de "excessos" nos discursos contra o chefe do Planalto,
principal alvo da investigação.
"Estamos em trincheiras distintas, mas somos do Parlamento
brasileiro. Eu tenho uma história nesse Congresso Nacional, eu sou subscritor
da Constituinte cidadã, eu aposto na democracia e no Estado Democrático de
Direito. Quero compartilhar as preocupações de todos aqui que reverberaram,
apenas, digamos, assim, querendo retirar os excessos das falas que foram
feitas", disse Bezerra após o presidente da CPI classificar o desfile como
"uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu".
Na tentativa de minimizar as críticas, o líder do governo destacou
medidas adotadas pelo Executivo para diminuir os efeitos da covid-19, como o
pagamento do auxílio emergencial a vulneráveis, e declarou que tem feito
"alertas e ponderações" a Bolsonaro para diminuir o ambiente de
radicalização ao lado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Outro aliado de Bolsonaro, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) adotou uma
postura diferente e minimizou o episódio. "Forças Armadas em desfile não
me assustam e nem me constrangem", declarou o senador. Para ele, o que
constrange são "atos de corrupção praticados por governos
anteriores".