Governador Helder Barbalho ao lado do presidente da Alepa, deputado Francisco Melo, com o PL de reajuste salarial do magistério. Rodrigo Pinheiro/Agência Pará. (Foto: )
Após realizar
vários estudos visando viabilizar a readequação satisfatória da remuneração do
magistério no Pará, o governo do Estado enviou à Assembleia Legislativa do
Estado (Alepa), nesta segunda-feira (04), o Projeto de Lei (PL) que concede
reajuste no vencimento-base e mantém as vantagens percebidas, com ajustes na
sistemática de cálculo. Os servidores ativos e inativos serão beneficiados.
A gratificação
de titularidade passará a ser paga não mais em percentuais sobre o
vencimento-base, mas em valores constantes do Anexo II, de acordo com os cursos
de pós-graduação e carga horária do vencimento, ressaltando que os valores
serão superiores aos atualmente percebidos.
“Nós estamos
encaminhando à Alepa um ousado plano de valorização dos servidores do
magistério, que representará o aumento no vencimento de todos os 40 mil
servidores professores, fazendo o aumento do vencimento de 40%, numa média geral
de remuneração, chegando a 24% para todos os servidores, sem tirar direitos,
garantindo com que a valorização possa ser um instrumento para que possamos
construir um grande movimento em favor da educação, passando por investimentos
em escolas, em um processo pedagógico moderno, mas sabendo que a valorização
dos servidores é determinante para que a qualidade da educação em todo o Estado
possa ser melhorada”, assegurou o governador Helder Barbalho, que foi à sede da
Alepa entregar o Projeto de Lei.
Ainda segundo o
chefe do Executivo, “hoje apresentamos a proposta sem que haja qualquer perda
de direitos, garantindo uma remuneração que, em média, elevará em 24% para
todos os servidores, mas tendo um aumento real de vencimento linear de 40%.
Isso significa mais 850 milhões de reais na folha de pagamento do Estado, a
partir deste mês de outubro. Portanto, uma demonstração muito clara de que o
governo reconhece os trabalhadores do magistério não apenas no discurso, mas
acima de tudo com atos. Esse, certamente, é o maior aumento das últimas
décadas”.
Gratificação – Em relação à gratificação de magistério, o
professor que estiver em regência de classe, atuando na modalidade de
atendimento educacional especializado, receberá a gratificação de magistério na
Educação Especial, no percentual de 50% do vencimento-base, equivalente ao que
hoje já percebem como gratificação de magistério, enquanto os demais
professores em regência de classe passarão a receber os valores atuais da
gratificação de magistério como Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada
(VPNI).
A proposta
assegura importantes ganhos para a categoria. Além do reajuste no
vencimento-base, diversas gratificações aumentarão em função do novo
vencimento-base, como a gratificação de escolaridade, a gratificação progressiva,
a gratificação de magistério na educação especial e a gratificação do Some
(Sistema de Organização Modular de Ensino).
“Com o envio do
Projeto de Lei, o Estado avança significativamente na valorização dos
profissionais da educação, o que representa um importante passo para tornar a
remuneração da classe mais atrativa , além de demonstrar o quanto a área da
educação é valorizada pela atual gestão, que prioriza as principais áreas e a
representatividade do funcionalismo na sociedade”, ressaltou a titular da
Seplad, Hana Ghassan.
Compromisso – Em relação às aulas suplementares, o governo
reafirma seu compromisso com a continuidade do devido pagamento, sendo
calculado com base no valor da hora-aula da classe e do nível em que estiver o
professor, ressaltando que terá como base de cálculo o valor do novo
vencimento-base.
“Encaminharemos
a proposta para as comissões de Finanças, Orçamento, Justiça e Educação. Em
seguida, o projeto vai para o plenário e entrará em debate, para aprovação.
Estamos convocando as comissões para que aprovem ainda amanhã. Entendemos que,
ao chegar esse tipo de vantagem a uma classe tão expressiva como os
professores, a função da Assembleia é acelerar o processo”, enfatizou o
presidente da Alepa, deputado Francisco Melo (Chicão).