O presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula precisam de palanques fortes nos Estados e no DF e para ter sustentabilidade caso eleitos, precisam também do maior número possível de senadores aliados. Um terço (1/3) do Senado, ou 27 cadeiras, serão di (Foto: )
Disputa nacional ao Senado
A Coluna publica completo levantamento dos
postulantes ao Senado Federal nas eleições deste ano. São 27 vagas, uma em cada
Estado e no Distrito Federal. Exceto haja algum fato excepcional, até o
momento, os pré-candidatos de Bolsonaro e Lula são os mais competitivos na
disputa.
Critérios
O levantamento levou em consideração quem são os
pré-candidatos dos dois líderes das pesquisas. Como os demais pré-candidatos aparecem
com poucas chances de chegar ao primeiro turno, seus pré-candidatos foram
citados de acordo com seu peso regional, é o caso do Pará, onde o ex-governador
Simão Jatene tende a se desfiliar do PSDB e disputar o Senado pelo Podemos,
partido do ex-juiz e ministro Sérgio Moro. O convite já foi formulado.
Nomes
Apostas tanto do presidente Jair Bolsonaro quanto
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 2022, as candidaturas de nomes
aliados para a disputa ao Senado movimentam as conversas políticas desde o ano
passado em diversos estados do país. Paralelamente, outros nomes também buscam
se viabilizar em partidos da chamada terceira via.
O que está em jogo?
No próximo pleito, como foiBras dito, cada estado
irá eleger ou reeleger apenas um senador o que afunila ainda mais a disputa.
Veja abaixo quem termina o mandato em 2022 e como está a construção das
candidaturas em cada região do país.
Região Sudeste (4 Estados)
São Paulo I
Maior colégio eleitoral do Brasil, o Estado de São Paulo decide qualquer eleição
geral no país. Inicialmente, o senador José Serra (PSDB) havia sinalizado que
não pretenderia disputar um novo mandato, ele está licenciado desde o ano
passado para tratamento de saúde e foi substituído pelo seu suplente, José
Aníbal (PSDB). No entanto, o tucano já avisou a cúpula do partido que será
candidato à reeleição. Serra tem dito que, embora a doença de Parkinson afete
seus movimentos, ele continua lúcido e pretende retornar ao mandato no Senado
nos próximos meses. Seu mandato se encerra no final deste ano.
São Paulo II
São Paulo deve ter uma das disputas mais acirradas
pelo cargo de senador, diante da pulverização de candidaturas. Filiado ao PL, o
presidente Jair Bolsonaro avaliou lançar o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo
Salles, mas tudo indica que recuou, obrigando Salles a concorrer a deputado
federal. Em meados de dezembro, no entanto, Salles disse ter sido preterido na
preferência de Bolsonaro, pelo ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB). No
palanque, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, deve concorrer ao
governo do estado e não mais ao Senado como era o plano inicial.
São Paulo III
Na esquerda, o PT tenta uma composição com o
ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) para vice na chapa do ex-presidente
Lula. Nesse caso, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) tentaria o Senado,
enquanto Márcio França (PSB) entraria na disputa pelo governo estadual. Mas o
PT resiste em retirar a pré-candidatura de Haddad.
São Paulo IV
Inicialmente cotado para disputar a Presidência da
República pelo PSL (agora União Brasil), o apresentador de TV José Luiz Datena
decidiu migrar para o PSD para disputar o Senado. A disputa pode ganhar ainda a
candidatura da deputada estadual Janaina Paschoal (ex-PSL, e agora União
Brasil) em um palanque com o ex-ministro Sergio Moro (Podemos). Seria a
comprovação de uma das dezenas de traições contra Bolsonaro.
Rio de Janeiro I
Outro colégio eleitoral decisivo no plano de
eleições gerais, o estado fluminense tem um histórico de surpresas. Em 2018,
elegeu um desconhecido ex-juiz federal Wilson Witzel, que mal esquentou a
cadeira no Palácio das Laranjeiras, foi cassado por corrupção em alta escala,
perdendo seus direitos políticos e correndo o risco de ser preso. O processo
ainda corre no Superior Tribunal de Justiça.
Rio de Janeiro II
O ex-jogador de futebol e agora político, senador
Romário, (PL) trabalha para viabilizar sua reeleição ao Senado num palanque que
teria o presidente Jair Bolsonaro. Para isso, já migrou para a legenda na qual
o presidente se filiou após sair do PSL. A entrada do chefe do Palácio do
Planalto no partido de Romário deve pavimentar esse apoio. “Eu convivi com o
Bolsonaro quatro anos e ele é um cara muito sério”, defendeu o senador.
Rio de Janeiro III
Mas o grupo político ligado a Bolsonaro no Estado
do Rio de Janeiro, não toma decisão sem o aval dos filhos do presidente. E o
que sabe é que eles trabalham nos bastidores para ocupar essa vaga no reduto da
própria família Bolsonaro. Existiria ainda a possibilidade do vice-presidente
Hamilton Mourão (PRTB) entrar nessa disputa, mas essa possibilidade está
praticamente descartada.
Rio de Janeiro IV
No estado fluminense há uma tradição de peso de um
eleitorado mais à esquerda, porém raramente majoritário. Na oposição, o
deputado Alessandro Molon (PSB) tenta cacifar sua candidatura ao Senado com
apoio de Marcelo Freixo (PSB), que saiu do PSOL e irá disputar o governo. Já o
atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, vem sendo cortejado pelo prefeito
do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), a entrar na disputa ao Senado pelo seu
partido. Até agora o acerto não avançou.
Minas Gerais I
Reza a lenda que quem ganha para presidente em
Minas, vence a eleição nacional. O senador Antônio Anastasia (PSD) seria
candidato à reeleição, mas ele recém-assumiu uma cadeira de ministro do
Tribunal de Contas da União (TCU). Com isso, integrantes do PT já trabalham
para indicar o deputado Reginaldo Lopes como candidato ao Senado na chapa do
prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, pré-candidato ao governo de Minas.
Minas Gerais II
Os petistas, no entanto, ainda dependem de um acordo com a cúpula do PSD, que
pretende lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na disputa pelo
Palácio do Planalto. Observadores consultados pelo colunista acham improvável
um acerto, em qualquer plano, entre PSD e PR em qualquer Estado, mas em
política é possível até “boi voar”. Portanto, não haverá surpresas se o acerto
for consumado.
Minas Gerais III
O ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro (PSL) tem rodado o estado e busca se
cacifar como candidato de Bolsonaro. Atualmente, Álvaro ocupa um mandato de
deputado federal e não descarta seguir para o PL na próxima janela partidária
em abril. O estado conta ainda com outra possível candidatura ao Senado, a do
deputado federal André Janones (Avante). O parlamentar também tem se
posicionado como possível nome à Presidência da República.
Espírito Santo I
A senadora Rose de Freitas (MDB) trabalha para
renovar o seu mandato em 2022. Ela deve enfrentar nomes como os do ex-senador
Magno Malta (PL) e terá como provável adversário o deputado federal Da Vitória
(Cidadania). Ambos costuram suas candidaturas e disputam o apoio do presidente
Bolsonaro.
Espírito Santo II
Na oposição, o ex-governador Paulo Hartung (sem
partido) vem conversando com lideranças capixabas para entrar na disputa pelo
Senado em 2022. Hartung, no entanto, tem mantido distância das costuras locais
e ainda não definiu se pretende disputar um cargo eletivo novamente.
O ex-governador Paulo Hartung é considerado um dos mais preparados políticos do
Brasil.
Região Sul (3
Estados)
Paraná I
Um dos três estados em que Bolsonaro teve a maior vitória nas eleições de 2018,
o Paraná é a terra natal de Sergio Moro e do senador Álvaro Dias (Podemos).
Dias ainda não confirmou se irá tentar a reeleição. Em princípio, essa é a
tendência. Nos bastidores, especula-se que o recém-filiado ao Podemos Sergio
Moro possa optar pelo Senado caso não consiga viabilizar sua candidatura a
presidente, o que parece cada vez mais próximo da realidade.
Paraná II
O estado pode ainda ter a candidatura da ex-governadora Cida Borghetti (PP) na
chapa de reeleição do governador Ratinho Jr. (PSD). A aproximação vem sendo
costurada pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado Ricardo Barros
(PP), marido de Cida.
Paraná III
Por outro lado, o deputado e presidente estadual do PL, Fernando Giacobo,
também busca ser candidato ao Senado na chapa do governador paranaense. O
parlamentar admite que a composição só deve ocorrer se Ratinho Jr. garantir
palanque para Bolsonaro. O PSD, partido do governador, pretende lançar o
senador Rodrigo Pacheco ao Palácio do Planalto, o que complica o acerto.
Santa Catarina
O senador Dário Berger (MDB) pretende deixar o
Senado e entrar na disputa pelo governo do estado. Com isso, o ex-deputado
Edinho Bez trabalha para ser o candidato do partido na disputa pela vaga de
senador catarinense.
Em outra frente, o presidente Jair Bolsonaro convidou o empresário Luciano Hang
a disputar com seu apoio. Em depoimento à CPI da Covid, Hang confirmou que o
convite foi feito e que está trabalhando na ideia com o senador Jorginho Mello
(PL), que vai disputar o governo estadual.
Os dois pretendem selar a dobradinha oferecendo um dos mais fortes palanques do
Brasil a Bolsonaro.
Rio Grande do Sul I
O senador Lasier Martins (Podemos) já anunciou que será candidato à reeleição.
Já a ex-senadora Ana Amélia estuda deixar o PP e migrar para o PSD para tentar
voltar ao Senado em 2022. Além disso, existe ainda a possibilidade que o atual
governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), possa concorrer ao Senado após a
derrota para João Dória nas tumultuadas prévias presidenciais disputada no ano
passado.
Rio Grande do Sul II
No campo da esquerda, e cada vez mais parecida com Marina Silva, que só aparece
a cada quatro anos, a ex-deputada Manuela D’ávila (PCdoB) e o deputado Paulo
Pimenta (PT) ensaiam suas eventuais candidaturas ao Senado. Contudo, ambos
esperam a chancela de Lula para oficializarem seus nomes na disputa.
Região Nordeste (9 Estados)
A região Nordeste é terceira maior em área e a
segunda em população. É considerada a “pedra fundamental” para a eleição
majoritária. No Senado o peso é brutal. Elege, sozinha em 2022, nove senadores.
Maranhão
Ao que tudo indica, o império Sarney, de 57 anos no
poder, deve definitivamente definhar nas eleições deste ano. O senador Roberto
Rocha (PSDB) pretende concorrer à reeleição e conta com sinalizações de apoio
do presidente Jair Bolsonaro. O tucano deverá enfrentar o atual governador,
Flávio Dino, que recentemente se filiou ao PSB e irá disputar o Senado com o
apoio de Lula.
A família Sarney não consegue articular nenhum nome competitivo para a disputa,
e deve optar por um dos lados da polarização já consolidada no Estado ou ficar
de espectadora dos acontecimentos. Algo inédito!
Piauí
O Piauí terá a candidatura à reeleição do senador
Elmano Férrer (PP), com apoio do presidente Bolsonaro. Já no PT, o atual
governador Wellington Dias será candidato ao Senado, com apoio do ex-presidente
Lula.
Ceará I
O senador Tasso Jereissati (PSDB) já sinalizou que
não pretende disputar a reeleição ao Senado nas próximas eleições. O tucano,
que chegou a entrar nas prévias do PSDB para o Palácio do Planalto, abriu mão
de seu nome para apoiar Eduardo Leite, que posteriormente acabou sendo
derrotado por João Doria.
Ceará II
No estado, o governador Camilo Santana (PT)
desponta como principal nome da esquerda. Além do aval do ex-presidente Lula,
Santana conta apoio com clã Ferreira Gomes, que tem Ciro Gomes (PDT) como
pré-candidato à Presidência. Até o momento, a oposição a Camilo Santana não tem
nome na disputa ao Senado, mas tem se movimentado em torno de Capitão Wagner
(PROS) como pré-candidato ao governo. Bolsonaro já disse nos bastidores que
quer um nome seu no Ceará.
Rio Grande do Norte I
O senador Jean Paul Prates será candidato à
reeleição pelo PT, com apoio de Lula na chapa da atual governadora Fátima
Bezerra (PT), que vai à reeleição, mesmo tendo realizado um dos piores governos
do Brasil. No campo da direita, dois ministros do governo Bolsonaro disputam espaço:
Fábio Faria (Comunicações) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).
Rio Grande do Norte II
Recentemente, Bolsonaro confirmou o impasse entre
as duas candidaturas, mas afirmou que acreditava em um consenso entre os dois
nomes até a definição das candidaturas. “Ele [Fábio Faria] quer alguma coisa e
o Rogério [Marinho] parece que quer a mesma coisa. Quem sabe, no final das
contas, tire um par ou ímpar entre os dois. Mas sei que eles vão chegar a um
bom entendimento”, afirmou o presidente em entrevista à rádio 96 FM do Rio
Grande do Norte.
Pernambuco I
O senador Fernando Bezerra (MDB) pretendia
concorrer à reeleição com apoio do presidente Bolsonaro. O emedebista, no
entanto, acabou se afastando do governo depois que foi preterido na disputa
pela vaga de ministro do TCU. Com a derrota, Bezerra deixou a liderança do
governo no Senado e é um “poço de mágoas” contra Bolsonaro. Ainda não definiu
que caminho seguir, mas é provável que dispute uma vaga a deputado federal.
Pernambuco II
O indício é reforçado porque o filho do senador,
Miguel Coelho (DEM, agora União Brasil), irá disputar o governo estadual e deve
garantir palanque para o senador na região. Na esquerda, o governador Paulo
Câmara (PSB) vai disputar o Senado em uma aliança que vem sendo costurada pelo
ex-presidente Lula. A estratégia visa atrair o PSB para apoiar a candidatura de
Lula à Presidência, mas as conversas emperraram.
Paraíba I
A senadora Nilda Gondim (MDB) admite que não
pretende disputar o cargo nas eleições do ano que vem. Ela assumiu o mandato
neste ano depois da morte do senador José Maranhão em decorrência da covid-19.
“Quero continuar a ajudar o meu partido e continuar participando da política
como uma mera espectadora. Não vou mais disputar nada”, disse recentemente.
Paraíba II
Ocupando o posto de líder do DEM na Câmara, o
deputado Efraim Filho já articula sua candidatura ao Senado em 2022 pelo União
Brasil (partido que vai surgir da fusão do DEM com o PSL). Além dele, o
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também é cotado para entrar na disputa por
uma vaga de senador com apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Sergipe I
A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) não pretende
ser candidata à reeleição por Sergipe em 2022. Com a criação do União Brasil,
outras lideranças locais se articulam para entrar na corrida eleitoral.
Sergipe II
Na esquerda, o senador Rogério Carvalho (PT), que
tem mandato até 2026, pretende entrar na disputa pelo governo estadual. Se
perder, continua senador. Com isso, o partido do ex-presidente Lula busca nomes
dentro da sigla para entrar na disputa pelo Senado. Enquanto isso, o
ex-governador Jackson Barreto (MDB) tem rodado o estado como pré-candidato ao
Senado pelo seu partido.
Alagoas
O senador Fernando Collor de Mello (PROS) tentará
renovar o mandato com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Já o senador Renan
Calheiros (MDB), que tem mandato até o final de 2026, irá trabalhar para que o
seu primogênito, Renan Filho, atual governador, seja conduzido ao Senado na
chapa do ex-presidente Lula. Renan é um dos principais articuladores para uma
recomposição do PT com o MDB e adversário figadal do presidente Jair Bolsonaro.
Bahia I
O senador Otto Alencar (PSD) vai tentar renovar o
seu mandato com apoio do ex-presidente Lula. A chancela ao projeto de reeleição
foi dada pelo líder petista, que travou a candidatura ao Senado de Rui Costa
(PT), atual governador do estado.
Bahia II
Apontado como candidato ao governo estadual, o
ministro da Cidadania, João Roma, cogita também a possibilidade de disputar o
Senado com apoio do presidente Bolsonaro. Isso aumentaria suas chances de ser
eleito, já que as pré-candidaturas de ACM Neto (DEM) e de Jacques Wagner (PT)
ao governo estadual já estão mais consolidadas na Bahia.
Região Centro-Oeste (3 estados e o Distrito
Federal)
Goiás I
No Senado desde 2019, quando assumiu a cadeira como
suplente de Ronaldo Caiado (DEM), o senador Luiz do Carmo (MDB) quer se
candidatar à reeleição no ano que vem. Já no PSL, o deputado Delegado Waldir,
agora oposição a Bolsonaro, vem sendo testado como pré-candidato ao governo
goiano. Aliados, no entanto, não descartam que o parlamentar entre na disputa
pelo Senado, caso tenha mais viabilidade.
Goiás II
Recém-filiado ao PSD, o secretário da Fazenda do
governo de São Paulo, Henrique Meirelles, também pretende disputar mandato de
senador. Ele é goiano e já foi eleito deputado federal por Goiás, mas abdicou
do mandato para ser presidente do Banco Central no governo do ex-presidente
Lula. Agora, a convite do senador Vanderlan Cardoso, se filiou PSD e tem o
apoio do deputado federal Francisco Júnior. É um dos candidatos mais ricos na
disputa deste ano.
Distrito Federal I
Encerrando o mandato em 2022, o senador Reguffe
(Podemos) trabalha para viabilizar sua candidatura ao governo do Distrito
Federal, em oposição ao governador Ibaneis Rocha (MDB), que fez um governo
considerado péssimo.
Distrito Federal II
Para disputar a cadeira que será vaga com o fim do
mandato de Reguffe, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, é
apontada como nome da chapa de Ibaneis e com apoio de Bolsonaro. Na oposição, o
PT deve lançar o nome da deputada federal Érika Kokay. Já o Novo lançou a
pré-candidatura do advogado Paulo Roque, que trabalha em uma eventual
composição com Reguffe.
Mato Grosso I
Integrante do PL, núcleo duro do Centrão, o senador
Wellington Fagundes já trabalha para ter o apoio de Jair Bolsonaro. Apesar
disso, o presidente já sinalizou que o nome ao Senado que receberia o seu apoio
no estado seria o do deputado federal José Medeiros (Podemos).
Mato Grosso II
Medeiros é integrante do mesmo partido de Sergio
Moro, mas já sinalizou que não pretende apoiar o ex-ministro no estado. Uma
mudança de sigla não é descartada pelo parlamentar que é vice-líder do governo
na Câmara.
Fagundes e Medeiros são do mesmo grupo político na região. O senador já falou
que não pretende entrar em atrito pela candidatura. E disse que isso será
definido nos próximos meses durante as convenções partidárias.
Mato Grosso do Sul I
O mandato da senadora Simone Tebet (MDB) se encerra
em 2022. A emedebista é testada como pré-candidata à Presidência, mas a
manutenção da candidatura ainda é uma incerteza dentro do partido. Diante
disso, ela não descarta tentar renovar seu mandato por mais oito anos no
Senado.
Mato Grosso do Sul II
Além de Tebet, o Mato Grosso do Sul deve ter ainda
a candidatura da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Atualmente filiada
ao DEM, a ministra pretende se filiar ao PP para disputar o Senado com apoio do
presidente Jair Bolsonaro no estado. Se bater chapa com Simone Tebet, vencerá a
disputa com facilidade. O melhor caminho para Simone seguir a carreira como
política é tentar se garantir disputando uma vaga de deputada federal.
Região Norte (7 Estados)
Região com o segundo maior peso para eleição ao
Senado, elege sete senadores.
Amazonas I
Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz
(PSD) termina seu mandato em 2022, mas tem planejado se lançar candidato ao
governo do Amazonas. Sua rejeição é, talvez, a maior do Brasil na disputa ao
cargo. A estratégia, no entanto, esbarra nos planos do também senador Eduardo
Braga (MDB), que só encerra o seu mandato em 2026.
Amazonas II
Com uma aliança entre os dois, Aziz sinaliza que
poderia tentar renovar seu mandato no Senado, caso a candidatura do emedebista
ao governo estadual tenha mais viabilidade.
Já o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, que foi derrotado nas prévias
do PSDB para a Presidência da República, admitiu aos seus interlocutores que
irá lançar seu nome ao Senado em 2022.
Acre I
A senadora Mailza Gomes (PP) encerra seu mandato
como senadora pelo Acre em 2022. A parlamentar, no entanto, tem encontrado
dificuldades para viabilizar sua reeleição na chapa do atual governador Gladson
Cameli, que é do seu partido e será candidato à reeleição. Integrantes do
partido dizem que a candidatura de Mailza só será viabilizada caso haja um
crescimento de seu nome nas pesquisas de intenção de voto.
Acre II
Em negociações com o PP, o deputado federal Alan
Rick (DEM) tenta entrar na chapa do atual governador como candidato para o
Senado. Com a fusão do seu partido com o PSL para criação do União Brasil, Rick
tem sinalizado que sua candidatura terá mais força diante da estrutura do novo
partido.
Acre III
Mas o senador Márcio Bittar (PSL), que tem mandato
até o final de 2026, tem costurado ainda a candidatura de sua esposa, Márcia
Bittar, para o Senado. Márcio, inclusive, tem afirmado que a matriarca da
família é a candidata do presidente Jair Bolsonaro no estado.
Acre IV
Na oposição, o manjado ex-senador Jorge Viana (PT)
tentará se eleger com apoio do ex-presidente Lula na região. O líder petista já
deu aval ao nome de Viana, que tem rodado o estado em busca de apoio.
Amapá I
Ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM)
planejava disputar o governo do Amapá com apoio do presidente Jair Bolsonaro em
2022. Entretanto, parte da comunidade evangélica quer esvaziar a candidatura de
Alcolumbre.
Amapá II
O senador amapaense entrou em atrito com o governo
por causa da indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF),
como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora a aliança é
vista como improvável. Mesmo assim, Alcolumbre ainda pretende disputar o
governo e, ao mesmo tempo, lançar o seu irmão Josiel Alcolumbre para a vaga no
Senado. Josiel chegou a disputar a prefeitura de Macapá na disputa municipal de
2020, mas acabou derrotado em meio à crise de energia que o estado passou no
período eleitoral.
Amapá III
Candidato derrotado nas eleições municipais de
2020, Cirilo Fernandes se filiou ao Podemos e conta com apoio da presidente do
partido, a deputada federal paulista Renata Abreu, para disputar o Senado pelo
estado do Amapá. “Já estamos lançando o Cirilo como nosso pré-candidato ao
Senado. Estamos muito contentes com sua chegada ao Podemos”, afirmou ela.
Tocantins
A senadora Katia Abreu (PP) pretende tentar sua
reeleição com apoio do PT na região. Em outra frente, o ex-governador Marcelo
Miranda (MDB) também tem reunido lideranças da região e sinalizado suas
intenções de entrar na disputa. O estado pode ainda ter a candidatura da atual
deputada Professora Dorinha (DEM). A parlamentar passou a ser cotada para o
Senado depois do anúncio da fusão de seu partido com o PSL para a criação do
União Brasil.
Roraima
O senador Telmário Mota (PROS) vai tentar renovar o
seu mandato pelo estado de Roraima. Mota deve ter como principal adversário o
ex-senador Romero Jucá (MDB), que foi derrotado em 2018, após denúncias
envolvendo seu nome na operação Lava Jato.
Rondônia
O senador Acir Gurgacz (PDT) não deve disputar mais
uma reeleição para o Senado. Com isso, nomes como de Jaqueline Cassol,
presidente do PP no estado, e do ex-senador Expedito Júnior (PSDB) já articulam
suas candidaturas.
Pará I
O senador Paulo Rocha (PT) perdeu as prévias para
disputar a reeleição ao Senado para o deputado federal Beto Faro. Anda
inconformado e choramingando pelos cantos, dizendo que o ex-presidente Lula vai
intervir no Diretório Regional e impor o seu nome, o que já aconteceu no
passado. Lula manda e desmanda no PT. Correm por fora, o ex-senador Fernando
Flexa Ribeiro, que disputa a vaga ao Senado pelo PSDB. Já o ex-governador Simão
Jatene, convidado para ingressar no Podemos, pode disputar tanto o governo do
Estado quanto uma vaga ao Senado.
Pará II
O senador Zequinha Marinho se filou ao PL e anunciou que vai disputar o governo
do Estado em oposição à reeleição do governador Helder Barbalho (MDB). Marinho
tem encontrado resistência de sua candidatura nos apoiadores do presidente
Bolsonaro, especialmente no meio rural.
Efemérides
A Coluna informa que não existe efemérides nessa
semana e envia abraços a todos os leitormes.
De volta na semana que vem
Estaremos de volta na próxima semana publicando direto de Brasília, as notícias
que afetam a vida de todos os brasileiros, com as reportagens exclusivas aqui
no Blog do Zé Dudu.
Como a vacina já está disponível para todos, tome
as três doses do imunizante e continue usando máscaras, álcool em gel nas mãos
e evite lugares onde houver aglomeração de pessoas, mesmo ao ar livre.
Cuide de sua saúde e da sua família. Um ótimo final de semana a todos,
especialmente os aniversariantes da semana.
Val-André Mutran
– É correspondente do Blog do Zé Dudu em
Brasília.
Contato: valandre@agenciacarajas.com.br
Esta Coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Blog do Zé Dudu e é
responsabilidade de seu titular.
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