Por Marieta Cazarré - Repórter da Agência Brasil - Brasília (Foto: )
O secretário-geral da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, está hoje (8) em Riga,
capital da Letônia, país membro da aliança militar. Stoltenberg falou sobre a
invasão russa na Ucrânia e reforçou o apoio prestado pelos aliados do bloco aos
ucranianos. “Somos a organização de defesa mais poderosa do mundo. Estamos
mobilizando centenas de soldados adicionais e vamos defender e proteger cada
polegada da Letônia e de cada território aliado”, garantiu.
Jens Stoltenberg disse ainda que a
Otan está preparada para proteger seus 30 países membros e que vai impedir que
Moscou expanda a agressão. “Temos a aliança mais forte da história”, afirmou.
A Otan vem apoiando a Ucrânia de
diferentes maneiras, há anos. Desde a anexação da Crimeia, em 2014, a aliança
militar treina soldados e fornece armamentos e equipamentos militares. “Fazemos
tudo para ajudar os ucranianos na luta contra os invasores russos. Os aliados
impuseram sanções sem precedentes e agora estamos vendo os efeitos. O rublo
[moeda oficial da Rússia] está em baixa histórica, muitas empresas estão deixando
a Rússia. A gente tem que acabar com esse conflito. Estamos aumentando nossa
presença na Letônia e em outras partes do leste da aliança, para que a Rússia
entenda que estamos protegendo cada polegada do nosso território”, disse
Stoltenberg.
Estônia
O secretário de Estado dos Estados
Unidos, Antony Blinken, também foi aos Países Bálticos, numa demonstração de
preocupação do Ocidente com a invasão da Ucrânia. Blinken, que está em Tallinn,
capital da Estônia, participou hoje de uma entrevista coletiva ao lado da
primeira-ministra do país, Kaja Kallas, onde reforçou o apoio dos Estados
Unidos aos ucranianos.
Blinken disse que a Estônia e os
Estados Unidos vão continuar trabalhando para aumentar a assistência
humanitária e de segurança na Ucrânia. “Tudo o que vi no Báltico, esse apoio ao
povo ucraniano, a gente vê as cores azul e amarela nas casas nos prédios. Isso
é uma mensagem poderosa de solidariedade. Essa não é a guerra do povo russo,
não é uma guerra de liberação, é a guerra do [Vladimir] Putin para subjugar um
país democrático. Então ele vai ser responsabilizado pelo mundo”, disse o
secretário.
O secretário disse ainda que a Rússia
está utilizando a dependência energética como arma de guerra e que é a hora de
o Ocidente combater essa estratégia.
A primeira-ministra da Estônia, Kaja
Kallas, disse que a nova situação de segurança requer mudança por parte dos
europeus, incluindo a defesa da Estônia. “A Otan tem que se adaptar rápido e as
decisões têm que incluir uma estratégia de defesa da região, para fortalecer
nossas defesas na terra, no mar e no ar”, disse, ressaltando que o país está
aumentando o percentual do orçamento destinado à defesa de 2% para 2,44% do
Produto Interno Bruto (PIB).
Edição: Fernando Fraga