O presidente tem o
Telegram como um dos seus principais canais de comunicação (Imagem: Caio
Nascimento/Shutterstock)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes anunciou na
tarde desta sexta-feira (18) o bloqueio do Telegram no
Brasil, acatando um pedido da Polícia Federal.
A rede é uma dos principais canais de comunicação do presidente da
República, Jair Bolsonaro (PL), principalmente
para falar aos seus apoiadores.
Na manhã de hoje, ele divulgou mais uma vez em sua página oficial do
Twitter o Telegram do governo federal, afirmando que o canal traz informações
sobre “ações de interesse nacional” que são “omitidas por muitos”.
A publicação veio logo após Bolsonaro anunciar que um reservatório de
contenção de cheias havia sido inaugurado na bacia do córrego do Aricanduva,
região que costuma ter alagamentos.
Ele afirmou que se trata de mais uma obra inacabada que o seu governo
havia recebido e que agora entregava pronta.
Até a publicação deste texto, ele não havia se pronunciado ainda sobreo
bloqueio do aplicativo no país.
Entenda a decisão
Em sua decisão, Alexandre de Moraes — que é desafeto do presidente da
República — afirmou que o aplicativo é conhecido “por sua postura de não
cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países, inclusive colocando
essa atitude não colaborativa como uma vantagem em relação a outros aplicativos
de comunicação, o que o torna um terreno livre para proliferação de diversos
conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal”.
O ministro já havia ameaçado suspender o aplicativo após solicitar o
bloqueio de três perfis relacionados ao blogueiro Allan do Santos, apoiador do
presidente.