
Foto: Celso Lobo (AID/Alepa) (Foto: )
Dos 41 deputados estaduais que compõem a Assembleia
Legislativa do Estado do Pará (Alepa), 20 mudaram de partido durante o prazo da
“janela partidária”, para disputar as eleições gerais deste ano. As mudanças
abrangem metade do Poder Legislativo e causam uma nova configuração nas
bancadas estaduais.
A janela partidária encerrou exatamente às 23h59 de
sexta-feira (1º). Esse é o período de intervalo de 30 dias, seis meses antes do
pleito, prazo para que deputados federais, deputados estaduais e vereadores
possam mudar de partido sem perder o mandato.
A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de
2015, como uma saída para a troca de legenda, após a decisão do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), segundo a qual o mandato pertence ao partido, e não
ao candidato eleito.
Os parlamentares anunciaram em suas redes sociais a
troca de legenda partidária. O deputado Jaques Neves, do PSC, mudou para União
Brasil, assim como Eliel Faustino que deixou o DEM para estar no União Brasil,
partido originário da fusão do Democratas (DEM) e Partido Social Liberal (PSL).
A Procuradora Especial da Mulher, deputada
Professora Nilse Pinheiro, que antes era do Republicanos, agora está no Partido
Democrático Trabalhista (PDT); o Ouvidor Geral da Alepa, Raimundo Santos passou
para o PSD, deixando o Patriota; Orlando Lobato, que também optou pelo PSD, era
do PMN e Junior Hage mudou para PP, era do PDT.
O deputado Galileu agora é Republicanos, deixou o
PSC; Hilton Aguiar era DEM e migrou para o Avante; José Maria Tapajós, mudou do
PL para o PP; Antônio Tonheiro deixou o PL e foi para o PP; Alex Santiago
migrou do PL para o PP.
Os delegados que ocupam cadeiras de deputados na
Casa Legislativa também trocaram de partidos, como o Delegado Caveira, que
deixou o PP e entrou para o PL; Delegado Toni Cunha agora faz parte do PSC, era
do PTB e Nilton Neves agora é PSD, deixa o PSL.
A bancada do PSDB encolheu, dois deputados deixaram
a sigla. O deputado Luth Rebelo foi para o PP e Victor Dias que passa a fazer
parte do União Brasil, respectivamente, enquanto a deputada Dra. Heloísa
Guimarães optou pelo PSDB, antes era DEM. Além de Heloísa, o PSDB conta com as
deputadas Ana Cunha e Cilene Couto.
Três parlamentares migraram para o MDB, partido do
governador Helder Barbalho. São eles: Ângelo Ferrari, que era do PTB; Diana
Belo que deixou o Democracia Cristã – DC; e Paula Gomes, antes era do PSD. Com
isso, houve aumento na bancada do MDB, fortalecendo a base de apoio do
governo estadual, que passa a contar com 10 parlamentares no Poder
Legislativo. O MDB tem a maior representatividade na Casa de Leis.
Com a saída de Diana do Democracia Cristã, o
partido fica sem representação na Alepa.
Alguns deputados anunciaram que pretendem concorrer
à Câmara Federal, como o Delegado Caveira, Dilvanda Faro, Marinor Brito, Miro
Sanova, Renilce Nicodemos e o deputado Raimundo Santos, parlamentar constituinte
com cinco mandatos estaduais e três federais.
Para Renilce Nicodemos, pré-candidata a deputada
federal, a decisão de disputar uma vaga à Câmara dos Deputados, é uma
oportunidade de aumentar a representatividade das mulheres na política nacional
para atender pautas femininas e combater o machismo.
“Decidi disputar uma vaga à Câmara Federal, porque
as mulheres querem uma representação verdadeiramente popular e que atendam suas
demandas. O maior desafio que uma mulher pode enfrentar na política é seguir em
frente, diante da ausência de outras mulheres, perante o machismo estrutural
que, infelizmente, impera neste seguimento. Sigo firme, e seguirei nessa nova
decisão, pelos homens e mulheres dos 144 municípios do nosso grandioso Pará”,
afirmou.
Com informações Ze Dudu

