O ex-governador João Doria (PSDB) (Foto: )
Crescimento meteórico
A política, definitivamente, não é para amadores. João Doria que o diga.
Filiado ao PSDB desde o ano de 2001, é criador e presidente licenciado do Grupo
Doria. Seu primeiro cargo público relevante foi o de secretário de Turismo de
São Paulo, quando começou sua vida pública. Tempos depois, ele se tornou
presidente da Paulistur, durante a gestão de Mário Covas; e presidente da
Embratur quando José Sarney assumiu o governo brasileiro.
Ascensão
No período da transição do protagonismo nacional do
partido entre os paulistas José Serra, Geraldo Alckmin e o mineiro Aécio Neves,
João Doria se notabilizou ao derrotar no primeiro turno o “poste do Lula”,
Fernando Haddad, que disputaria a reeleição à Prefeitura de São Paulo, terceiro
maior orçamento público do país. O PT sentiu o baque, porque seu sonho de
consumo nunca foi concretizado: governar São Paulo, Estado onde nasceu e em que
sempre teve alta rejeição do eleitorado. O paulista, como ninguém, sabe quem é
o PT.
Erro de cálculo
João Doria começou sua derrocada política após ter
colado à sua imagem política a má fama de não terminar os mandatos
conquistados. Pulou da prefeitura para o governo de São Paulo e queria repetir
a dose ao se desincompatibilizar do governo do segundo maior orçamento da
Nação, para concorrer à Presidência da República.
Rompimento com Bolsonaro
A queda foi acentuada quando, ao se eleger ao
governo de São Paulo surfando na onda de popularidade de Jair Bolsonaro, Doria
rompeu com o padrinho que com tantos votos o havia beneficiado em sua campanha
vitoriosa ao governo do estado mais rico da América Latina.
CoronaVac
Após o racha com Bolsonaro, João Doria calculou
que, se conseguisse uma boa atuação à frente de medidas de combate à Covid-19
em São Paulo, tudo daria certo. Vale lembrar que jutsamente em São Paulo
foi detectado o primeiro caso da doença no Brasil. João Doria, então,
montou uma papagaiada, com coletivas de imprensa diárias, espalhafatosas,
seguidas de decretos de lockdown que quase arruinaram o PIB paulista,
locomotiva comercial e industrial do Brasil.
Tombo histórico
Tudo daria certo na cabeça de João Doria, mas
faltou combinar com os russos. Aliás, com os russos não, com os chineses. E ele
bem que tentou, associando o laboratório administrado pelo governo do Estado, o
eficiente Butantan, num acordo feito às pressas, para a produção da vacina
experimental chinesa CoronaVac, cuja eficiência é um pouco superior a 50%
contra o novo coronavírus.
Retumbante fracasso
Outras vacinas surgiram, com eficiência próxima de
97%, e foram distribuídas pelo governo do inimigo Bolsonaro, mas São Paulo foi
e continua sendo o estado com o maior número de óbitos por Covid-19. A economia
pailista agora está penando para se recuperar. As taxas de desemprego no estado
são as maiores do país.
Reunião na quarta-feira (18), selou o destinado do
pré-candidato João Doria
Rifado
Na quarta-feira (18), os presidentes de PSDB, MDB e
Cidadania rifaram João
Doria e anunciaram a ilustre desconhecida senadora Simone Tebet (MDB), como o
nome único da tal terceira via, alternativa chinfrim à polarização dos líderes
das pesquisas, Lula e Bolsonaro. É o fim melancólico de um político novato,
ambicioso, tragado pela vaidade. Não vai deixar nenhum saudade. Perguntem aos
paulistas.
Danos
O PSDB tenta agora construir palanques nos estados
onde um dia já reinou. No Pará, o deputado Nilson Pinto, presidente da legenda,
depende do humor do governador Helder Barbalho (MDB) para não passar o maior
vexame eleitoral de sua história nessas eleições.
Impasse
Já o Cidadania, que compõe no plano nacional a
natimorta terceira via, no Pará, especialmente no grupo liderado pelo
ex-deputado federal Arnaldo Jordy, não está inclinado a entrar no oba-oba
bancado pelo MDB e deve se alinhar a outros tradicionais parceiros, não necessariamente
do campo da esquerda.
Mais pesado que o ar
O pré-candidato ao Senado pelo Pará, Beto Faro
(PT), tenta, desesperadamente, levar Lula ao estado para ver se consegue chamar
a atenção de alguns eleitores. Sua candidatura ao Senado, já considerada o
maior “mico” político da história recente do estado no qual é possível “até boi
avua” – como dizia o saudoso cametaense Gerson Peres -, tudo pode acontecer,
inclusive, embora difícil, Beto Faro decolar e voar nessa disputa. Até agora, o
voo é o do galinho garnizé. Meio palmo do chão.
Candidatos que surgem de todos os lados, menos da
região, adoram os votos do Sul do Pará. E o povo os enche de votos
Cadê os nomes?
As conversas políticas se encaminham para a hora da verdade. Ou seja, as
convenções partidárias, a serem realizadas entre 20 de julho e 5 de agosto,
para escolher candidatas e candidatos à presidência da República e aos governos
dos estados, bem como aos cargos de deputado federal, estadual e distrital.
Legendas, federações e coligações têm até 15 de agosto para solicitar o
registro de candidatura dos escolhidos.
Alguém viu?
O que se sabe é que o sul/sudeste do Pará, na Região do Carajás, se encaminha,
mais uma vez, para a repetição de uma triste sina: desunião política, nomes
fracos e risco real de poucos ou nenhum candidato a deputado federal se eleger
como “puro sangue” pela região. Uma vergonha!
Sim. O paraquedista papou!
O gato papou? Não nesse caso. São gatos, melhor
dizendo, candidatos paraquedistas de sempre, geralmente da capital, que chegam
à região e “papam” os votos de um eleitorado alienado e sem opções de nomes locais.
— “Eita classe desunida”, diria, o finado deputado federal Clodovil Hernandez —
o Clodovil
Depois, não reclamem.
Financiamento
Os partidos políticos e respectivos pré-candidatas
e pré-candidatos, desde 15 de maio, poderão iniciar a campanha de arrecadação
prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo, desde que não façam
pedidos de voto e obedeçam às demais regras relativas à propaganda eleitoral na
internet. O chamado financiamento coletivo jamais ganhou a simpatia do eleitor
paraense, ainda mais agora, em tempos de vacas magras.
Fundo Eleitoral
Dia 1º de junho marca o prazo final para que
partidos políticos comuniquem ao TSE a renúncia ao Fundo Especial de
Financiamento de Campanha (FEFC), mais conhecido como fundo eleitoral, cujos
partidos conseguiram elevar para patamares imorais. A quantia a ser
disponibilizada deverá ser divulgada pelo TSE até 16 de junho para alegria da
enorme “sopa de letrinhas” de mais de 30 partidos. Solitário, apenas o partido
Novo se diz disposto a abrir mão da cota que lhe cabe nesse pote bilionário e
que enriquece muito político sem voto em ano eleitoral.
Muitos vivem disso.
Deputado federal Celso Sabino (União-PA)
Relatorias
Além do deputado Celso Sabino (União-PA), que preside a poderosa Comissão Mista
de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), apenas outros dois
deputados do Pará compõem o colegiado. São eles Hélio Leite (União-PA) e José
Priante (MDB).
Ainda não foram designados os relatores da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) para 2023. Os líderes também precisam indicar os três vice-presidentes da
comissão.
Celso Sabino deu prazo — que não foi cumprido — até a terça-feira passada (10),
para a indicação, pelos líderes partidários, das relatorias dos comitês da
comissão de:
– Avaliação, Fiscalização e Controle de Execução Orçamentária;
– Avaliação da Receita;
– Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com indícios de
Irregularidades Graves; e
-Admissibilidade de emendas.
Reuniões já foram canceladas devido o atraso das indicações.
Efemérides I
Nesta sexta-feira, 20 de maio, comemora-se o Dia do
Comissário de Menores, o Dia Mundial das Abelhas, o Dia Nacional do Medicamento
Genérico, o Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem, o Dia do Pedagogo
e o Aniversário de Palmas. O sábado (21) marca o Dia Mundial da Diversidade
Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, o Dia Mundial da Migração dos
Peixes, o Dia do Afilhado e o Dia da Língua Nacional. No domingo, 22 de maio, é
comemorado o Dia de Santa Rita, o Dia Internacional da Biodiversidade, o Dia do
Apicultor e o Dia do Abraço.
Efemérides II
Na segunda-feira (23) comemora-se o Dia da Juventude Constitucionalista, o Dia
Internacional para Acabar com a Fístula Obstétrica e também o Dia da Tartaruga.
A terça-feira (24) é a data em que se comemoram várias efemérides, tais como, o
Dia do Telegrafista, o Dia do Vestibulando, o Dia Nacional do Milho, o Dia
Nacional do Café, o Dia Nacional do Cigano, o Dia do Detento, o Dia da
Infantaria, o Dia Nacional do Calcário Agrícola e o Dia do Datilógrafo.
Efemérides III
Na quarta-feira (25) comemora-se o Dia do Trabalhador Rural, o Dia Nacional do
Respeito ao Contribuinte, o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, o Dia
Nacional da Adoção, o Dia do Desafio, o Dia da Costureira, o Dia do Massagista,
o Dia da Toalha, o Dia Internacional do Sapateado, o Dia do Orgulho Geek, o Dia
Internacional da Tireoide e o Dia da Indústria. E, fechando o ciclo da semana,
a quinta-feira (26) será o Dia do Revendedor Lotérico e o Dia Nacional de
Combate ao Glaucoma.
De volta na semana que vem
Estaremos de volta na próxima semana publicando direto de Brasília, as notícias
que afetam a vida de todos os brasileiros, com as reportagens exclusivas aqui
no Blog do Zé Dudu.
Val-André Mutran
– É correspondente do Blog do Zé Dudu em
Brasília.
Contato: valandre@agenciacarajas.com.br
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Com informações Ze Dudu