Governador
do Pará, Helder Barbalho (MDB)
Alívio
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB),
comemorou, ao lado dos colegas de Minas, Romeu Zema (Novo) e do Amapá, Antônio
Waldez (PDT), a decisão do Supremo Tribunal Federal, que julgou válidas, na
segunda-feira (1º), leis dos três estados que instituíram taxas de controle,
monitoramento e fiscalização das atividades de pesquisa, lavra, exploração e
aproveitamento de recursos minerários (TFRM), em ação direta de
inconstitucionalidade movida pela Confederação Nacional da Indústria. Confira
todos os detalhes aqui.
Estratégia correta
A semana de retorno do recesso parlamentar começou
com uma novidade, o “esforço concentrado” de votações anunciado ainda em junho.
Na segunda-feira, 1º de agosto, começou o rallye, que pegou impulso a partir da
terça-feira (2) e que deve seguir nesta sexta (5) e durante toda a próxima
semana. Deu certo.
Em comunhão com os líderes dos partidos, o presidente Arthur Lira (PP-AL)
reuniu 43 propostas prioritárias entre medidas provisórias, projetos de lei e
projetos de resolução.
Semana histórica
Nos dois primeiros dias do esforço concentrado, os
deputados conseguiram limpar a pauta planejada e votaram as medidas provisórias
que tinham validade ameaçada. Todas foram aprovadas, mas o destaque mesmo foi
na sessão deliberativa semipresencial, na quarta-feira (3), que considero um
dia histórico.
Esforço concentrado na Câmara inspirou o Senado,
que começa o rally na próxima semana
Lugar de bandido…
Há anos o bom povo brasileiro, trabalhador, pagador
de impostos, era insultado pela inconcebível existência das saídas temporárias,
de presos supostamente de bom comportamento, em datas especiais, como Dia das
Mães e Natal, entre outras, as famigeradas “saidinhas”. Eram autorizadas pelas
Varas de Execuções Penais, longo do ano. Essas regalias eram previstas na Lei
7.210, de 1984, a Lei de Execução Penal, que permitia a saída temporária (para
visita à família ou estudos) a presos do regime semiaberto que já tivessem
cumprido o mínimo de um sexto da pena, se fosse primário; e um quarto, se fosse
reincidente; além de ter bom comportamento. A liberação podia ser por até sete
dias, cinco vezes ao ano.
…é na cadeia
Na Europa e em outros países desenvolvidos, a
progressão da pena é medida efetiva de ressocialização aos condenados. Aqui,
foi capturada pelo crime organizado, que é quem efetivamente administra os
presídios, gostem as senhoras e senhores ou não. Recentemente, um dirigente
estadual que era responsável pela administração penitenciária no Pará, fez
acordo com a chefia de um desses bandos do crime organizado para cessar a matança
de policiais e guardas penitenciários. Só assim a chacina teve uma trégua.
As “saidinhas”, em verdade, eram “saidões”. Número elevado não voltava para a
cadeia porque estava em “missão”. Ou seja, voltando a matar, estuprar, roubar e
barbarizar, a mando ou não de seus patrões.
Presídio não é motel
Extinta a miserável “saidinha”, os deputados
aprovaram o projeto que tipificou e penaliza o crime de “novo cangaço”, em
penas de até 40 anos para quem o pratica. Depois, aprovaram mais um projeto do
pacote contra a violência e aumentaram para 14 anos, a cana por quem furtar em
situação de calamidade pública oficial. Pode ser um grande incêndio, enchente,
seca, pandemia ou o que o valha, terremoto, por exemplo.
Falta mais
Mas ainda não foi desta vez que os deputados
votaram o projeto que acaba com as visitas íntimas e o que extingue a indecente
lei de audiência de custódia, uma das maiores vergonhas da lei de execuções
penais, quiçá do mundo.
Golpes pela internet
Na quinta-feira (4), com a oposição ainda de ressaca
com o tamanho da histórica derrota do dia anterior, os deputados voltaram com
carga total e aprovaram o projeto de lei que estabelece punição para quem
aplica golpes por meio das redes sociais. A pena será maior quando a vítima for
idosa ou parte em uma relação amorosa.
Alteração do Código Penal
A proposta aprovada, que segue para o Senado, é
o substitutivo
do relator, deputado Subtenente Gonzaga (PSD-MG), ao Projeto de
Lei nº 4.229/2015, do ex-deputado Marcelo Belinati (PR). Gonzaga propôs
a alteração do Código Penal para incluir novas hipóteses do crime de
estelionato, que é a busca de vantagem por meio de fraudes que induzam a vítima
a erro: estelionato emocional, fraude eletrônica, estelionato contra idoso ou
vulnerável.
Novos crimes I
Pelo texto aprovado por grande margem de votos, o
estelionato emocional ocorre se a vítima entregar bens ou valores como parte de
uma relação afetiva. O criminoso poderá ser enquadrado como estelionatário e
estará sujeito à pena de 1 a 5 anos.
Novos crimes II
A pena será de 4 a 8 anos no caso de fraude
eletrônica com uso de informações fornecidas pela vítima ou terceiros, por meio
de contatos nas redes sociais, telefones ou e-mail. Os golpes aplicados por
clonagem de aplicativos serão punidos com a mesma pena.
Novos crimes III
A pena será o triplo se a vítima for idosa ou
pessoa vulnerável, crime que será incluído ainda no rol dos crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990).
A proposta também cria novos agravantes para o estelionato: a pena será
ampliada em 50% se o prejuízo for de grande quantia; e aumentada em até dois
terços se o criminoso se utilizar de entidade de direito público ou de
instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
Não gostou?
Quem não gostou do fim da “saidinha” foi a turma de
sempre, que parece não morar no Brasil. Antes da votação, a oposição apostava
na derrota da proposta, com um saldo equilibrado para ambos os lados. No
entanto, os números finais frustraram o bloco de esquerda. O texto foi aprovado
por 311 a 98. E, desde já, retorna ao Senado.
Derrota da oposição
O projeto original é de autoria da ex-senadora Ana
Amélia (PSD-RS). Na Câmara, o relator do texto foi o deputado Capitão Derrite
(PL-SP), alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A então ideia de Amélia
colocava restrições nas “saidinhas”, mas Derrite conseguiu reverter a resolução
e extinguiu qualquer possibilidade de o benefício ser mantido.
Lista de como votou a Bancada do Pará no projeto
que acabou com as “saidinhas”, não necessariamente turísticas, dos presídios
Veja quem não gostou
Eis a lista completa (aqui)
dos deputados de todo o Brasil que votaram contra o pacote de leis que começou
a extinguir as regalias dos presidiários.
Bancada do Pará
Da bancada do Pará, Airton Faleiro e Beto Faro, do
PT e Vivi Reis, do PSOL, votaram contra a lei das “saidinhas”. Desobedecendo a
orientação de seu partido, o deputado Cássio Andrade (PSB-PA), foi mais uma vez
corajoso e votou de acordo com a sua consciência.
Em defesa do proscrito
Os votos contrários são dos partidos de sempre, que
defendem a volta de um ex-presidente condenado em duas instâncias por nove
juízes e desembargadores pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
roubado do povo brasileiro. O PT, PSOL, PSB, PCdoB e vários deputados do PDT,
PV e do PSDB votaram contra o pacote que endurece crimes e regalias de
criminosos condenados. Dentre esses partidos, o PSOL defende também, a extinção
das Polícias Militares nos estados. “Essa turma é que defende a volta do ladrão
e corrupto [Lula] ao poder”, disseram, em coro, um grupo de deputados da
bancada da bala à Reportagem.
Sugestão I
O colunista sugere que os deputado fujões
justifiquem por que sumiram do Plenário na hora da votação, como é o caso de
figuras carimbadas como Benedita da Silva (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR), do PT e
Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
Sugestão II
Com 98 deputados que somados há duas dúzias e meia de fujões, que acham que o
eleitor é idiota, poderiam criar a Frente Parlamentar em Defesa da “Saidinha”.
Melhor fariam também, se cada um deles, adotasse 12 criminosos para morar em
suas casas, afinal, não basta falar, tem que fazer.
O deputado Ivan Valente, do PSL de São Paulo, por exemplo, bem que poderia dar
o exemplo e adotar os irmãos Cravinho e a Suzane von Richthofen.
— Adota, Valente!
O poder do eleitor
O eleitor tem muito a refletir sobre eleger
congressistas que defendem quadrilhas, organizações e empresas do crime.
Amigo do sul do Pará
A parceria que o deputado federal Joaquim
Passarinho (PL) conseguiu estabelecer no curso de seu segundo mandato como
deputado federal com prefeitos, inclusive de outro campo político diverso ao
seu, é digna de nota, e está fazendo muito bem à região do Carajás.
Disciplinado, coerente, desprovido de vaidade e sempre muito educado com todos
que o procuram, o deputado atua na linha fazer e depois mostrar, ao contrário
do prometer e não cumprir.
Exemplos?
São muitos. Confira aqui o detalhamento de algumas
das emendas e municípios beneficiados. Importante notar que algumas das
Prefeituras eram solene e historicamente esquecidas por deputados da bancada
paraense.
Marabá
Também digna de nota, a amizade construída com o prefeito Tião Miranda,
considerado o melhor prefeito do Pará.
Vale também destacar, que no levantamento da reportagem para essas notas,
chamou a atenção deste colunista o prestígio de Passarinho junto ao governo
federal.
Milhões em recursos foram conseguidos extra orçamento. Só os deputados e
senadores do Alto Clero têm essa penetração.
Enfermagem em festa
Exatamente às 17h00 da quinta-feira (4), após 30
anos de luta da categoria, o Projeto de Lei nº 2.564/2020 foi sancionado pelo
presidente Jair Bolsonaro (PL).
A enfermagem está em festa no país. A lei estabelece um piso salarial que dá
dignidade à profissão tão importante, como todos podemos constatar quando a
pandemia de
Diesel
A partir desta-sexta (5), o valor médio de venda do
diesel pela Petrobras passará de R$ 5,61 para R$ 5,41 por litro, uma redução de
3,6%, anunciada pela estatal na quinta.
Aniversário
Com 216 edições ininterruptas, a Coluna completa nesta edição mais uma
volta completa em torno da Terra e apaga 4 velinhas no bolo.
Graças ao prestígio de nossos milhares de leitores em todo o Brasil, “Direto de
Brasília”, já é referência do jornalismo político e econômico no concorrido
mercado independente de produção de notícias.
Daqui, dos corredores do Planalto Central, o nosso muito obrigado a todos.
Efemérides I
Nesta sexta-feira, 5 de agosto, comemora-se o Dia
Nacional da Saúde, o Dia Nacional da Farmácia, o Aniversário da Fundação da
Paraíba, o Dia de Santo Osvaldo de Nortúmbria, o Dia de Nossa Senhora das Neves
e o Aniversário de João Pessoa, a linda capital da Paraíba. Vale a pena
conhecer. O sábado (6), marca o Dia Interamericano do Escotista, o Dia Nacional
dos Profissionais da Educação e o Dia de São Salvador do Mundo.
Efemérides II
No domingo, 7 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Documentário Brasileiro,
o Dia de São Caetano e o Aniversário do Rio Grande do Norte, um dos mais lindos
estados do Brasil, que o colunista só conhece por fotos e filmes.
Na segunda-feira (8), comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e o
Dia de São Domingos de Gusmão. Na terça-feira (9), é a data em que se comemora
o Dia Internacional dos Povos Indígenas e o Dia Nacional da Equoterapia.
Efemérides III
Na quarta-feira (10), comemora-se o Dia Internacional do Biodiesel, o Dia da
Solidariedade Cristã e o Dia de São Lourenço. E fechando o ciclo da semana, na
quinta-feira (11), será comemorado em todo o país, inúmeras efemérides, tais
quais, o Dia do Garçom, o Dia do Advogado, o Dia Internacional da Logosofia, o
Dia do Estudante, o Dia da Televisão, o Dia do Magistrado e o Dia de Santa
Clara de Assis.
De volta na semana que vem
Estaremos de volta na próxima semana publicando direto de Brasília, as notícias
que afetam a vida de todos os brasileiros, com as reportagens exclusivas aqui
no Blog do Zé Dudu.
Val-André Mutran
– É correspondente do Blog do Zé Dudu em
Brasília.
Contato: valandre@agenciacarajas.com.br
Esta Coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Blog do Zé Dudu e é
responsabilidade de seu titular.
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