Em busca de promover políticas públicas que
assegurem um futuro sustentável e proporcione maior igualdade e oportunidades
para todos, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento
e Administração (Seplad), lançou nesta quinta-feira (16) a terceira etapa do
Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará – Pará 2050, no
município de Marabá, com a finalidade de mobilizar a população das regiões Sul
e Sudeste.
O Pará 2050 será um plano de enormes desafios,
baseado no diagnóstico de cada região e da escuta social regionalizada. As
ações serão baseadas na dinâmica de cada localidade, fortalecendo as
potencialidades de cada região e abordando suas maiores demandas e
características.
A governadora do Estado em exercício, Hana Ghassan,
explicou como será o planejamento ao longo dos próximos meses. Disse que o
governo, no presente, está planejando o futuro da população. Afirmou que o Pará
2050 é um trabalho que será realizado no período de 15 meses e que o
planejamento é uma iniciativa do governo do Estado, que vai envolver várias
ações, como escuta social, mobilizações e plenárias regionais, para que
possamos construir em conjunto o planejamento estratégico no Estado do Pará.
“Nessa fase, nós estamos fazendo o lançamento para
que as pessoas possam nos ajudar na mobilização. Em seguida, faremos audiências
públicas e o processo de escuta de todos os representantes da sociedade. Hoje
apresentamos o cronograma das próximas etapas, e estamos bem ansiosos para que
possamos construir, de fato, o futuro que queremos para o nosso Estado”,
destacou Hana Ghassan.
Articulação
O Pará 2050 é um plano de longo prazo que deve
contribuir para a melhoria dos indicadores sociais, econômicos e ambientais até
2050, mas que já inicie as transformações no presente, principalmente as
relacionadas a situações que dependem de maior articulação entre os entes
públicos e privados, que estarão lado a lado nesse processo inicial de
construção, e que já reflita em curto e médio prazo iniciativas articuladas
entre as esferas de governo, potencializando as ações que vem sendo
desenvolvidas.
“É importante ter uma visão a longo prazo e
trabalhar para construir um futuro sustentável. Isso inclui a implementação de
políticas públicas que promovam o desenvolvimento econômico, social e ambiental
de forma equilibrada. Por isso, precisamos entender e respeitar cada região e
população que compõem esse Estado múltiplo que é o Pará. O governo está
trabalhando, de forma incessante, para garantir que as gerações futuras possam
desfrutar de um mundo saudável e próspero”, frisou a titular da Seplad, Elieth
Braga.
Sustentabilidade
Uma base fundamental do programa é o
desenvolvimento sustentável, a fim de mudar indicadores sociais e históricas
desigualdades regionais, realizando ações ordenadas e complementares em
educação, proteção ambiental, desenvolvimento econômico, segurança, saúde e
demais eixos, em um modelo de governança compartilhada, sempre com ênfase na
sustentabilidade.
Para o vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias, a
integração e regionalização de todos os municípios são passos importantes para
o Pará 2050: “Sempre tivemos dificuldades nas regiões sul e sudeste, de nos
vermos como integrantes e participantes de todo o planejamento do Estado.
Quando o governo se propõe fazer um planejamento de longo prazo, que inclui e
ouve regiões, isso já atende expectativas que nós temos, e assim nos sentimos
realmente integrantes dessa perspectiva de um Pará influente em crescimento da
economia regional, de fortalecimento e das matrizes regionais”.
“Aqui, na região Sul do Pará, nós temos um
agronegócio muito forte, mas temos dificuldades e deficiências, que certamente
serão abordadas no planejamento estratégico para a região”, ressaltou Luciano
Dias.
Etapas anteriores
Esta foi a terceira e última fase de apresentação
regional. Nos dois primeiros momentos, o projeto mobilizou as populações das
regiões de Integração Guajará, Guamá, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tocantins,
Baixo Amazonas, Tapajós e Xingu e, contou com a presença de representantes dos
mais diversos setores, que discutiram as especificidades de cada região.
“Para nós, participar desse evento é muito
importante. Estar em uma agenda como essa, onde vamos falar do desenvolvimento
socioeconômico e socioambiental do nosso Estado, é muito gratificante. Temos o
direito de ser escutados e de participar das decisões que irão nos impactar
futuramente. Somos 25% do território paraense, e temos uma biodiversidade muito
diversificada, com mais de 50 povos em 55 municípios”, disse Ubirajara Sompré,
representante do Povo Gavião de Marabá.
Para ele, participar de uma agenda dessa é um
conhecimento a trazer para a sociedade. “O Pará tem um potencial muito grande
de áreas degradadas, e podemos aproveitar essas áreas e usar a floresta em pé
para promover projetos de sustentabilidade”,
Keylah Borges, gerente do Instituto de Desenvolvimento
Florestal e da Biodiversidade do Pará (Idefor-Bio) em Marabá, informou que “o
Instituto vê com muito positivismo essa agenda. É extremamente importante ter
um planejamento estratégico no que tange ao meio ambiente, porque não é uma
agenda simples e nem imediatista. É um trabalho que demanda tempo para se
construir e consolidar”.
O Comitê Gestor do Plano contará com representantes
de organizações da sociedade civil para estimular a construção coletiva e
participativa de decisões. “Participar desse momento agora é muito importante,
porque a gente vê a preocupação do Estado, o interesse em tentar conciliar o
desenvolvimento com a natureza, sabendo que é importante o homem não se
dissociar da natureza, ainda mais agora, com a construção das duas pontes que a
gente está tendo”, avaliou Poliana Martins, moradora de Marabá.
“Temos que ver a importância de como isso vai
afetar a comunidade, como vai afetar nossa economia e o nosso desenvolvimento,
e conciliar tudo isso com a natureza. É muito importante para mim, e é por isso
que vim aqui hoje, para conseguir entender do que se trata o Pará 2050 e o que
será feito”, concluiu.
Construção coletiva
O Pará 2050 é um planejamento de longo prazo que
consiste na construção coletiva de uma agenda estratégica de Estado, para
nortear um conjunto de intervenções, em sintonia com as demandas da população e
respeito às especificidades locais e regionais.
Sob a coordenação da Seplad, o Pará 2050 com
previsão para ser elaborado nos próximos 15 meses, a partir de ações que incluem
diagnóstico e pesquisa, elaboração de cenários, escuta social, encontros
temáticos regionalizados e a institucionalização do plano nas 12 regiões de
Integração do Estado.
(Fonte: Agência Pará)