Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

Política
Publicada em 18/02/23 às 06:24h - 113 visualizações
Marabá sedia a última fase do lançamento regional do Pará 2050
Governo do Estado mobiliza a população das regiões sul e sudeste para o grande diálogo sobre a construção de programas e projetos de desenvolvimento de longo prazo

Jornal O Niquel


Em busca de promover políticas públicas que assegurem um futuro sustentável e proporcione maior igualdade e oportunidades para todos, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), lançou nesta quinta-feira (16) a terceira etapa do Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará – Pará 2050, no município de Marabá, com a finalidade de mobilizar a população das regiões Sul e Sudeste.

O Pará 2050 será um plano de enormes desafios, baseado no diagnóstico de cada região e da escuta social regionalizada. As ações serão baseadas na dinâmica de cada localidade, fortalecendo as potencialidades de cada região e abordando suas maiores demandas e características.

A governadora do Estado em exercício, Hana Ghassan, explicou como será o planejamento ao longo dos próximos meses. Disse que o governo, no presente, está planejando o futuro da população. Afirmou que o Pará 2050 é um trabalho que será realizado no período de 15 meses e que o planejamento é uma iniciativa do governo do Estado, que vai envolver várias ações, como escuta social, mobilizações e plenárias regionais, para que possamos construir em conjunto o planejamento estratégico no Estado do Pará.

“Nessa fase, nós estamos fazendo o lançamento para que as pessoas possam nos ajudar na mobilização. Em seguida, faremos audiências públicas e o processo de escuta de todos os representantes da sociedade. Hoje apresentamos o cronograma das próximas etapas, e estamos bem ansiosos para que possamos construir, de fato, o futuro que queremos para o nosso Estado”, destacou Hana Ghassan.



Articulação

O Pará 2050 é um plano de longo prazo que deve contribuir para a melhoria dos indicadores sociais, econômicos e ambientais até 2050, mas que já inicie as transformações no presente, principalmente as relacionadas a situações que dependem de maior articulação entre os entes públicos e privados, que estarão lado a lado nesse processo inicial de construção, e que já reflita em curto e médio prazo iniciativas articuladas entre as esferas de governo, potencializando as ações que vem sendo desenvolvidas.

“É importante ter uma visão a longo prazo e trabalhar para construir um futuro sustentável. Isso inclui a implementação de políticas públicas que promovam o desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma equilibrada. Por isso, precisamos entender e respeitar cada região e população que compõem esse Estado múltiplo que é o Pará. O governo está trabalhando, de forma incessante, para garantir que as gerações futuras possam desfrutar de um mundo saudável e próspero”, frisou a titular da Seplad, Elieth Braga.

Sustentabilidade

Uma base fundamental do programa é o desenvolvimento sustentável, a fim de mudar indicadores sociais e históricas desigualdades regionais, realizando ações ordenadas e complementares em educação, proteção ambiental, desenvolvimento econômico, segurança, saúde e demais eixos, em um modelo de governança compartilhada, sempre com ênfase na sustentabilidade.

Para o vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias, a integração e regionalização de todos os municípios são passos importantes para o Pará 2050: “Sempre tivemos dificuldades nas regiões sul e sudeste, de nos vermos como integrantes e participantes de todo o planejamento do Estado. Quando o governo se propõe fazer um planejamento de longo prazo, que inclui e ouve regiões, isso já atende expectativas que nós temos, e assim nos sentimos realmente integrantes dessa perspectiva de um Pará influente em crescimento da economia regional, de fortalecimento e das matrizes regionais”.

“Aqui, na região Sul do Pará, nós temos um agronegócio muito forte, mas temos dificuldades e deficiências, que certamente serão abordadas no planejamento estratégico para a região”, ressaltou Luciano Dias.

Etapas anteriores

Esta foi a terceira e última fase de apresentação regional. Nos dois primeiros momentos, o projeto mobilizou as populações das regiões de Integração Guajará, Guamá, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tocantins, Baixo Amazonas, Tapajós e Xingu e, contou com a presença de representantes dos mais diversos setores, que discutiram as especificidades de cada região.

“Para nós, participar desse evento é muito importante. Estar em uma agenda como essa, onde vamos falar do desenvolvimento socioeconômico e socioambiental do nosso Estado, é muito gratificante. Temos o direito de ser escutados e de participar das decisões que irão nos impactar futuramente. Somos 25% do território paraense, e temos uma biodiversidade muito diversificada, com mais de 50 povos em 55 municípios”, disse Ubirajara Sompré, representante do Povo Gavião de Marabá.

Para ele, participar de uma agenda dessa é um conhecimento a trazer para a sociedade. “O Pará tem um potencial muito grande de áreas degradadas, e podemos aproveitar essas áreas e usar a floresta em pé para promover projetos de sustentabilidade”,

Keylah Borges, gerente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Idefor-Bio) em Marabá, informou que “o Instituto vê com muito positivismo essa agenda. É extremamente importante ter um planejamento estratégico no que tange ao meio ambiente, porque não é uma agenda simples e nem imediatista. É um trabalho que demanda tempo para se construir e consolidar”.

O Comitê Gestor do Plano contará com representantes de organizações da sociedade civil para estimular a construção coletiva e participativa de decisões. “Participar desse momento agora é muito importante, porque a gente vê a preocupação do Estado, o interesse em tentar conciliar o desenvolvimento com a natureza, sabendo que é importante o homem não se dissociar da natureza, ainda mais agora, com a construção das duas pontes que a gente está tendo”, avaliou Poliana Martins, moradora de Marabá.

“Temos que ver a importância de como isso vai afetar a comunidade, como vai afetar nossa economia e o nosso desenvolvimento, e conciliar tudo isso com a natureza. É muito importante para mim, e é por isso que vim aqui hoje, para conseguir entender do que se trata o Pará 2050 e o que será feito”, concluiu.

Construção coletiva

O Pará 2050 é um planejamento de longo prazo que consiste na construção coletiva de uma agenda estratégica de Estado, para nortear um conjunto de intervenções, em sintonia com as demandas da população e respeito às especificidades locais e regionais.

Sob a coordenação da Seplad, o Pará 2050 com previsão para ser elaborado nos próximos 15 meses, a partir de ações que incluem diagnóstico e pesquisa, elaboração de cenários, escuta social, encontros temáticos regionalizados e a institucionalização do plano nas 12 regiões de Integração do Estado.

(Fonte: Agência Pará)














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