A deputada paraense graduada em Direito, agiu rápido e apresentou um Projeto de Lei para prevenir a violência nas escolas (Foto: )
Brasília – A
deputada federal Andréia Siqueira (MDB-PA) e os deputados Delegado Paulo
Bilynskyj (PL-SP) e Fausto Santos Jr. (União-AM) apresentaram projetos de lei
que visam prevenir e proteger instituições de ensino em todo o país após um
homem invadir uma creche particular, em Blumenau, Santa Catarina, armado com um
machado e matar quatro crianças entre 4 e 7 anos e ferir outras cinco, na
quarta-feira (5), em mais um crime que chocou a opinião pública.
O episódio ocorreu dez dias após um jovem menor de
idade matar uma professora e ferir quatro pessoas em escola pública na Grande
São Paulo.
A deputada Rosângela Moro (União-SP) disse que
foram mais de dez ataques a escolas desde 2011. “Já não são casos isolados, é
urgente o debate sobre a prevenção,” enfatizou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), também se manifestou sobre o caso, classificando como repugnante,
deplorável e injustificável o ataque à creche de Santa Catarina. “Minha
solidariedade às famílias, e que o assassino seja punido com o rigor da lei,”
postou em suas redes sociais.
E continuou: “Não podemos aplicar atenuantes
jurídicos para crimes hediondos. No que for preciso, a sociedade terá o meu
apoio para endurecer as medidas punitivas aos que atentam contra a vida”.
Graduada em Direito, a deputada Andréia Siqueira
protocolou no mesmo dia dos acontecimentos em Santa Catarina o PL nº 1.633/2023,
que dispõe sobre a obrigatoriedade das instituições de ensino federais,
estaduais, municipais e distritais de garantirem a segurança da comunidade
escolar através da contratação de profissional de segurança pública.
Ela explica que não se trata de contratação de
empresas privadas de segurança.
No art. 1º de sua proposta, Siqueira propôs: “Ficam
as instituições de ensino federais, estaduais, municipais e distritais,
obrigadas a garantir a segurança de toda comunidade escolar, através da lotação
de pelo menos 01 (um) profissional de segurança pública, indispensavelmente dos
quadros do respectivo ente, em cada instituição de ensino sob sua
responsabilidade”.
O PL estabelece no parágrafo único que: “O
profissional a que se refere o caput deste artigo será́, preferencialmente,
composto por profissionais que estejam de folga ou na reserva”.
Já no art. 2º, a autora prevê que: “Poderá́ a União
estabelecer convênio com o estado ou município para atender os objetivos
previstos no art.1º desta Lei”.E ainda: “Fica a União, na hipótese do
estabelecimento do convênio previsto no caput, autorizada a utilizar recursos
do Fundo Nacional de Segurança Pública para a remuneração do agente”.
Ataque em creche deixou 4 crianças mortas em
Blumenau (SC) e expôs fragilidade da segurança das escolas do país
Rápida reação
Enquanto detalhes do ataque à creche em Santa
Catarina iam sendo revelados para a angústia de todas as brasileiras e
brasileiros, houve uma rápida reação de vários congressistas repudiando o ato.
Pelo Twitter, o deputado Delegado Paulo Bilynskyj
(PL-SP) anunciou ter apresentado proposta (PL nº 1.449/2023)
que prevê segurança armada nas escolas e pediu o apoio da população. “É
necessário que ninguém mais entre em escolas e creches sem autorização,”
reforçou a deputada Daniela Reinehr (PL-SC).
O deputado Fausto Santos Jr. (União-AM) também
apresentou uma proposta (PL nº 1.625/2023)
que tipifica o crime de invasão a templos religiosos, escolas, creches e
hospitais, com pena de reclusão de 4 a 10 anos. “Precisamos tipificar com rigor
essa conduta de invasão violenta,” disse.
Todos os projetos serão encaminhados para
tramitação nas comissões temáticas competentes onde será designado relator para
as respectivas propostas. Se aprovados em Plenário, os PLs seguem para análise
e votação dos senadores.
Por Val-André
Mutran – de Brasília