Deputados estaduais deram aval para que o Poder Executivo contraia empréstimos que somam R$ 3 bilhões (Celso Lobo / Alepa) (Foto: )
A Assembleia Legislativa do
Estado do Pará (Alepa) aprovou por unanimidade os dois pedidos de empréstimos
solicitados pelo Governo do Estado do Pará. As operações de crédito que somam
mais de R$ 3 bilhões devem ser tomadas junto à instituição financeira nacional
e receberam aval do Governo Federal.
De acordo com os projetos de lei
enviados pelo Poder Executivo, o primeiro empréstimo será no valor de R$ 1,6
bilhão e será aplicado no Programa Asfalto por todo o Pará, que visa ampliar a
infraestrutura viária com serviços de drenagem e pavimentação asfálticas em
áreas urbanas das 12 regiões de integração. Já o segundo empréstimo tem o valor
de R$ 1,471 bilhão que será investido em projetos para ampliar a malha
rodoviária pavimentada e seus eixos.
Na mensagem enviada aos
deputados, o Executivo estadual justifica que ambos os créditos tem suas
diretrizes alinhadas com o Plano Plurianual (PPA) e estão em conformidade com
as alocações programadas para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) de 2023.
O texto dos projetos, assinados pela vice-governadora Hana Ghassan, ressaltam
que os empréstimos “apoiados em projetos estratégicos setoriais e mediante o
comprometimento com toda a sociedade, favorecerão sobremaneira o
desenvolvimento econômico e social do Estado”.
“Esse parlamento tem sido um
parceiro do Governo do Estado nessas obras e realizações. Temos criado todo o
ambiente político necessário para esse momento e precisamos também viabilizar
os recursos que o Estado do Pará precisa para poder avançar nessa grande frente
de investimentos”, declarou o deputado estadual Dirceu Ten Caten (PT), que
integra a base de apoio ao governo.
Por outro lado, parlamentares de
oposição questionaram a contratação de mais uma operação de crédito. Em março
passado, a Alepa já havia autorizado o empréstimo de US$ 100 milhões (cerca de
R$ 500 milhões) junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para
financiar as ações do projeto Educação por Todo o Pará. “O que mais nos
incomoda é que nem o governador e nem o secretariado estadual vem nos explicar
detalhadamente onde pretende aplicar esses recursos”, criticou o deputado
estadual Delegado Toni Cunha (PSC).
Na sessão ordinária desta
terça-feira (23), foram aprovados ainda outros três projetos de lei e um de
indicação. Um deles é de autoria do deputado Fábio Figueiras (PSB), que prevê o
estabelecimento de uma cota de 3% a 5% para contratação de mulheres em situação
de vulnerabilidade econômica decorrente de violência doméstica e familiar.
Segundo a matéria, a obrigatoriedade será válida para os contratos em que haja,
no mínimo, 50 colaboradores no quadro. Os projetos seguem agora para sanção do
Executivo.. (A Notícia Portal/ O Liberal)