POR ROBERTA VILANOVA (Foto: )
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou, nesta
quarta-feira (8), que o trabalho desempenhado pelo Governo do Pará no combate
ao novo coronavírus é um dos melhores realizados no país. Mourão acredita que o
Estado acertou ao desenvolver medidas preventivas e ações focadas no tratamento
de pacientes logo na identificação dos primeiros sintomas do vírus.
A afirmação do vice-presidente da República foi feita no final da
reunião de trabalho do Conselho Nacional da Amazônia Legal com a cúpula do
governo do Estado e membros do setor produtivo local.
Mourão agradeceu ao Governo do Pará
por, em meio à pandemia, ter adaptado a capacidade do sistema hospitalar aos
efeitos da doença
“Agradecer ao Governo do Pará por, em meio à pandemia, ter mantido a
determinação, ter tido paciência e ter clareza no que queria fazer e, como
consequência, ter adaptado a capacidade do sistema hospitalar aos efeitos da
doença. O Pará hoje vive uma situação muito melhor que a maioria dos estados
brasileiros, fruto deste trabalho”, ressalta o vice-presidente.
Mourão também falou da retomada gradual da economia. “Vai chegar o
momento da gente retomar as atividades, sempre lembrando que teremos que manter
essas medidas de proteção por muito tempo, ou seja, até que a medicina nos dê
uma vacina ou medicamento que seja totalmente eficiente”, diz.
Elogios
– No final do último mês de maio, em visita ao Pará, o ministro interino
da Saúde, Eduardo Pazuello, vistoriou as instalações de algumas unidades de
saúde do Estado. O objetivo foi conhecer a realidade dos hospitais, as
necessidades da população e as demandas da cidade e do interior, além de
alinhar ações estratégicas conjuntas para ampliar o combate ao coronavírus.
“Me impressionou o trabalho desenvolvido pela Policlínica com as ações
de triagem. É uma medida que estamos discutindo no Ministério da Saúde e que já
vem sendo feita pelo governo do Estado. É algo muito resolutivo e estou levando
como exemplo para a gente poder implantar também onde tem maior incidência no
país”, destacou Pazuello.
Governo do Estado optou por tornar
porta-aberta a Políclinica Metropolitana e o Hospital Regional Abelardo Santos
Reconhecimento
– Um dos maiores especialistas do país em coronavírus e ex-ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também visitou o Pará no mês de maio e, após
conhecer o trabalho desenvolvido no Estado, avaliou que o Governo está no
caminho certo. Na época, Mandetta avaliou que o Estado teve um aumento no
número de casos no mês de abril, passou por um estresse, mas respondeu,
atendendo a demanda reprimida.
“Com uma boa dose de sacrifício da sociedade, de fazer a diminuição da
mobilidade para diminuir a transmissão, parece que tá agora em um ‘platô’ com
tendência de queda”, ponderou na época.
Modelo
paraense – De acordo com técnicos da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), o
período mais crítico do novo coronavírus no Estado ocorreu de 20 de abril até a
primeira semana de maio, quando os serviços de saúde, privados e do município
de Belém, colapsaram e fecharam suas portas para novos atendimentos da
Covid-19.
Hospital Público Estadual Galileu
também atendeu exclusivamente pacientes de Covid-19
Neste período, o governo do Estado optou por tornar porta-aberta dois
serviços de referência da capital paraense, a Políclinica Metropolitana de
Belém e o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), que atenderam cerca de
50 mil pessoas em menos de um mês e continuam com os atendimentos, mas em menor
escala. Ainda na capital, funcionando como retaguarda, o Hospital Público
Estadual Galileu (HPEG) também atendeu exclusivamente pacientes de Covid-19.
Além destas medidas, o Estado ocupou parcialmente outras unidades
hospitalares e antecipou a entrega do Hospital Regional de Castanhal, com 120
novos leitos. Uma outra estratégia importante é a interiorização dos serviços
de assistência básica de saúde no combate à Covid-19 ofertados pelo Governo do
Pará, com a Policlínica Itinerante, que percorre as mais diferentes regiões do
Estado.
Texto:
Leonardo Nunes/Secom
Fotos:
Marco Santos e Bruno Cecim/Ag. Pará