As comunidades da Terra Indígena Kayapó no Polo
Base de Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará, está recebendo ação de saúde
na Operação Covid-19 realizada pelos ministérios da Defesa (MD) e da Saúde
(MS). A ação, que começou dia 17 e segue até o próximo dia 24, envolve equipes
da Marinha, Exército e Força aérea Brasileira (FAB), que estão realizando
atendimento e ações preventivas ao novo coronavíus e outras doenças.
A ação, denominada “Missão Kayapó”, conta com uma
equipe de mais de 60 pessoas, sendo 26 profissionais de saúde nas áreas de
pediatria, ginecologia e obstetrícia, clínica geral, médicos veterinários,
enfermeiros e técnicos de enfermagem, de laboratório e de veterinária. A
expectativa é atender mais de seis mil índios das aldeias Turedjam, Kikretum,
Kokraimoro, Moikarako, Aukre, Kubenkrãnkrehn e Gorotire.
Mais de três toneladas de insumos foram levados à
região por meio de aeronave da FAB. Segundo o secretário de Pessoal, Ensino,
Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, general Manoel Luiz Narvaz
Pafiadache, a operação também irá atender diversas aldeias no Pará. “Vamos
atender uma série de aldeias isoladas, que estão precisando do nosso apoio. É a
segunda vez que voltamos ao Pará, uma vez que já estivemos em Tiriós, no
noroeste do estado. O Ministério da Defesa e o Ministério da Saúde, por meio
desta ação interministerial, cumprirão aquilo que nos determinamos, que é levar
saúde, orientação, meios, insumos e medicamentos a comunidades indígenas
aldeadas”, destacou o general.
O Coordenador Administrativo da Missão,
Tenente-Coronel Klaus Raylen Tavares Rêgo, explica que além de levar saúde as
comunidades isoladas e mitigar os impactos do novo coronavírus, o objetivo da
operação fazer a orientação das comunidades para se prevenir contra doenças.
“Nossa intenção nesta missão interministerial é atender o maior número de
índios da etnia Kayapó no apoio à saúde e conscientização no enfrentamento à
Covid-19” e outras doenças nas aldeias”, explicou o oficial.
Os militares da missão pernoitam, até o dia 24 de
novembro, na Base em Ourilândia do Norte e se deslocam diariamente às aldeias,
por meio de helicópteros e viaturas das três Forças. A Operação conta também
com apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), da Fundação
Nacional do Índio (Funai) e do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).
(Tina Santos)