As regiões do Xingu e do Tapajós saíram da bandeira amarela para a
laranja, classificação de segurança que exige mais restrições às atividades
diante dos dados de três inquéritos epidemiológicos da Universidade do Estado
(Uepa) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), da quantidade de
leitos disponíveis na região para Covid-19 e a capacidade do sistema de saúde
para atender à demanda.
As novas alterações foram publicadas no Decreto Estadual 800/2020,
nesta segunda-feira (28), e tornam mais restritivas a liberação de atividades
econômicas e sociais e mais rigorosos o controle e a fiscalização dos
protocolos de prevenção e combate ao vírus.
"Volto a dizer que o Estado sinaliza a situação de cada região,
mas a determinação sobre quais atividades devem ser autorizadas, quais
serviços e estabelecimentos, continua sendo de responsabilidade das
prefeituras. Mudar da bandeira amarela pra laranja indica que estes
municípios devem estar em alerta e tornar esta liberação mais restritiva do
que a forma que estava sendo adotada anteriormente", explicou o
procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer.
Mudanças incluem atualização do cenário epidemiológico
do Pará
As demais regiões seguem sem alteração no bandeiramento, da seguinte
forma: Na cor verde, estão a Região Metropolitana de Belém, o Marajó Oriental
e o Baixo Tocnantins; Na cor amarela, as regiões do Marajó Ocidental,
nordeste e dos Carajás; E, na cor laranja, as regiões do Araguaia e do Baixo
Amazonas.
As mudanças foram anunciadas no sábado (29), durante comunicado
oficial do governador Helder Barbalho e sua equipe técnica. Também foi
atualizado o cenário epidemiológico do Pará, em relação à contaminação pela
Covid-19, e as medidas tomadas para o atendimento de pacientes em tratamento
da doença.
De acordo com os dados divulgados, o Pará apresentou, neste mês de
dezembro, até o último dia 26, 356 solicitações de internação em UTIs
provocadas pelo coronavírus. O número é maior que os identificados em
novembro (326) e em outubro (308). Além disso, neste mesmo mês, foram
registrados 400 novos casos a mais da doença, em comparação a novembro deste
ano.
Por esse motivo, o governo do Estado anunciou o incremento de mais 55
leitos de UTI e 10 clínicos na rede estadual de saúde.
EVENTOS
O decreto também traz determinações e novas regras para eventos no
período de 31 de dezembro de 2020 a 31 de janeiro de 2021, em todo o Estado.
De acordo com a legislação, os municípios devem respeitar as taxas de
ocupação e os limites de pessoas impostos.
Para cidades de regiões em bandeira azul, os eventos estão liberados
com taxa de ocupação em 100%, sem limite de pessoas; àqueles em bandeira
verde, ficam liberados eventos com taxa de ocupação em 50%, respeitando o
limite de até 200 pessoas; em bandeira amarela, estão autorizados eventos com
taxa de ocupação em 30% e limite de até 150 pessoas nos estabelecimentos; no
caso das regiões em bandeiras laranja, vermelha e preta, os eventos estão
proibidos.
"Conforme foi anunciado, vão prevalecer as medidas mais
restritivas como critério de fiscalização. Caso os municípios não determinem
essas medidas, serão utilizadas como base as determinações estaduais ou judiciais,
por exemplo. Ou seja, a regra que será cumprida será aquela que tiver a
medida mais rigorosa", complementou o procurador-geral.
Para dar cumprimento e evitar aglomerações nas festas de final de ano,
a Secretaria de Segurança Pública (Segup) realiza, desde o dia 3 de dezembro,
a operação Festas Seguras, focada em preservar vidas e garantir que estes
eventos repercutam no agravamento do cenário da pandemia no Pará.
|