POR AGÊNCIA BRASIL
BRASIL MORTES
ASecretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou a
morte de dois agentes que participavam do curso de operações de polícia de
choque, no qual eram instrutores, com suspeita de febre maculosa. O sargento
Carlos Eduardo da Silva morreu na quinta-feira (21) e o cabo Mario César
Coutinho do Amaral, ontem (24).
Silva tinha 21 anos de corporação, dos quais 15 no Batalhão de Choque, e
foi atendido na unidade de pronto atendimento (UPA) de Teresópolis no dia 19,
sendo transferido para o Hospital da Fiocruz. Amaral integrava o Batalhão de
Choque há nove anos, quatro deles como instrutor.
Na manhã de hoje (25), o secretário de estado de Saúde, Alexandre
Chieppe, confirmou que a pasta recebeu as duas notificações e que os casos
estão sendo investigados.
Segundo o secretário, no estado do Rio de Janeiro, os locais de
ocorrência de febre maculosa estão situados nas regiões noroeste e serrana. “A
região de que fomos notificados, ainda de forma preliminar, não é área endêmica
para febre maculosa, e o processo de investigação está em curso. Todas as
pessoas que participaram do curso estão sendo monitoradas, para que, caso
apareça algum sinal ou sintoma, possam ser imediatamente tratadas para impedir
que evolua para casos mais graves.”
A Polícia Militar não informou o local onde o curso ocorria, mas o
treinamento era na mata e foi suspenso temporariamente.
De acordo com Chieppe, a febre maculosa é causada por uma bactéria
transmitida por um carrapato específico, chamado de carrapato-estrela, comum em
capivaras e cavalos. Entre os sintomas da doença, estão febre alta repentina,
dor de cabeça e no corpo, mal-estar generalizado, náuseas e manchas vermelhas
pelo corpo, principalmente nas mãos e nos pés.
O diagnóstico é feito com exame laboratorial de sangue ou amostra de
lesões de pele.