Estefany Araújo Evangelista nasceu no último dia 15
deste mês na maternidade da Fundação Santa Casa do Pará pesando 7.038 Kg e
medindo 61 cm. Ela é filha do casal de agricultores Francilene do Espírito
Santo Araújo e Paulo César Santana Evangelista, moradores da localidade de
Igarapé Mocoonzinho, no município de Acará, nordeste do estado.
A bebê chegou ao mundo após uma gestação de nove
meses. Segundo o enfermeiro obstetra, Antônio de Pádua, servidor há 35 anos na
Santa Casa, essa foi a maior criança que ele soube já ter nascido, em todos os
tempos, no centenário hospital.
Francilene fez apenas uma consulta antes de dar à
luz a Estefany, que é a sua primeira filha. A bebê está internada na Unidade de
Cuidados Intermediários (UCI). Seu estado de saúde é estável.
A equipe médica está acompanhando diariamente a
evolução do quadro de saúde da bebê, em função do seu alto peso e tamanho e do
quadro de hipoglicemia. Ela é um dos maiores bebês em registro no Brasil, nas
últimas décadas. Ainda não há previsão de alta.
Em um levantamento em um site sobre Super-Bebês, a
criança paraense pode figurar entre os 10 maiores bebês já nascidos no mundo. A
médica pediatra e neonatologista Vilma Hutim diz que o peso normal de um bebê
gira em torno de 2,500kg a 3,999Kg. Acima de 4kg já é tratado como um bebê GIG
(Recém-nascido cujo peso de nascimento é superior ao de 90% dos recém-nascidos
com a mesma idade gestacional). “Com esse peso acima de 7 kg é preciso
investigar as causas que estimulam todo esse crescimento”, diz a médica.
Essa foi a primeira gestação de Francilene. Ela
acredita que a filha nasceu grande porque comeu muito durante a sua gestação.
“A médica disse que a minha filha precisa ficar mais um pouco aqui por causa
que nasceu muito grande. Lá em casa, souberam que ela é grandona pelas fotos do
celular”.
A médica pediatra neonatologista da Fundação Santa
Casa, Olívia Mota, falou sobre o estado de saúde da pequena Estefany. “Ela teve
uma discreta melhora, mas ainda segue em tratamento com antibiótico. Ainda não
conseguimos tirar o soro devido ao episódio de hipoglicemia. Ela já foi
avaliada pela cardiologista, que passou medicação, e vai precisar ser
acompanhada por esse profissional após a alta, mas por enquanto a gente mantém
a medicação que a cardiologista orientou. Para receber alta, a gente precisa
terminar o tratamento de antibiótico”, informa a médica.
A médica Olivia Mota diz ainda que durante a
gestação, a mãe desenvolveu o diabetes gestacional. “E as mães que têm diabetes
gestacional dão à luz a crianças muito grandes, normalmente são bebês maiores
que quatro quilos, e não tão grandes quanto a nossa Estefany que surpreendeu
pelo peso que nasceu. Uma das prováveis causas da Estefany ter nascido tão
grande foi a diabetes gestacional da mãe”.