Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil - Brasília (Foto: )
O ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, disse hoje (13) que a campanha de imunização infantil contra covid-19
será monitorada para identificar possíveis reações adversas às vacinas. No
entanto, o ministro ponderou que a vacina da Pfizer já foi aplicada em milhões
de crianças em outros países e não tem apresentado problemas.
Chegaram hoje (13) no Aeroporto de
Viracopos, no interior paulista, 1,24 milhão de
doses da vacina contra a covid-19 para crianças do laboratório
norte-americano Pfizer. O carregamento é o primeiro de três lotes que devem
chegar ao Brasil até o fim do mês. Até o fim de março, o governo federal espera
receber 20 milhões de doses de vacinas pediátricas.
A aplicação do imunizante da Pfizer
em crianças de 5 a 11 anos foi autorizada em dezembro pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo federal incluiu, na semana passada,
o público dessa faixa
etária na campanha de vacinação contra a covid-19.
Queiroga destacou que, apesar de
recentes, essas vacinas têm sido aplicadas nos principais sistemas de saúde do
mundo. “Essa aplicação começou no mês de novembro, sobretudo nos Estados
Unidos. Mais de 8 milhões de doses foram aplicadas nos Estados Unidos, nas
crianças de 5 a 11 anos, e não têm sido notificados eventos adversos maiores.
Portanto, até o que sabemos, no momento, existe segurança atestada não só pela
Anvisa, mas por outras agências regulatórias, para aplicação dessas vacinas”,
disse, ao receber o primeiro lote de vacinas contra a covid-19 para crianças,
no centro do distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).
Variantes
Queiroga também destacou que a
vacinação dos brasileiros contra a covid-19 deixa o país preparado para
enfrentar a variante Ômicron do coronavírus e outras que possam surgir no
futuro. “Países que estão fortemente vacinados, como o Brasil, tem mais
possibilidades, de passar pela variante Ômicron e outras variantes que surjam
desse vírus que tem uma grande capacidade de gerar mutações”, afirmou.
Redução de mortes e internações
Queiroga destacou a importância da
vacinação para evitar internações e agravamento da doença. “Aqueles que se
internam nos hospitais e nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria
são de indivíduos não vacinados”, enfatizou. “Nós assistimos no Brasil, nos
últimos seis meses, queda muito significativa de óbitos, fruto das políticas
públicas e da campanha de vacinação”, acrescentou.
Por isso, o ministro pediu para
aqueles que ainda não tomaram a segunda dose ou a de reforço para que procurem
os pontos de imunização. “É necessário reafirmar a orientação para aqueles que
não tomaram a segunda dose ou a dose de reforço, que procurem a sala de
vacinação para completar o esquema de vacinal”, ressaltou.
Edição: Kelly Oliveira