Uma medida do governo de Darci Lermen vai fazer
frente à mortalidade de parturientes e recém-nascidos na rede pública municipal
de saúde. Entre 2010 e 2021, um total de 1.355 mães, fetos e bebês perderam a
vida no período pós-parto em Parauapebas, de acordo com estatísticas do
Ministério da Saúde. Esta semana, a prefeitura publicou portaria que cria uma
comissão de investigação e prevenção de óbitos maternos, infantis e fetais, a
fim de reforçar diretrizes de vigilância epidemiológica. As informações foram
levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
Sob a batuta da Secretaria Municipal de Saúde
(Semsa), a comissão contará com equipe multiprofissional formada por médicos,
enfermeiros e técnicos de enfermagem vinculados à Diretoria de Vigilância em
Saúde e atuará de forma técnico-científica, sigilosamente. Não tem caráter
coercitivo ou punitivo, e a função é eminentemente educativa com a finalidade
de acompanhar e monitorar eventuais óbitos.
De acordo com a Semsa, a comissão constitui-se em
importante instrumento de avaliação da assistência de saúde para subsidiar
políticas públicas e ações de intervenção, contribuindo para o conhecimento
ampliado sobre óbitos, bem como para a redução de indicadores de mortalidade
materna, fetal, infantil e de mulheres em idade fértil.
Para o Ministério da Saúde, óbitos maternos,
infantis e fetais, independentemente da causa declarada, são considerados
eventos de investigação obrigatória, com o objetivo de levantar fatores
determinantes e suas possíveis causas, assim como subsidiar a adoção de medidas
que possam evitar a sua reincidência.
Parauapebas:
4º em óbitos infantis
Dados levantados pelo Blog do Zé Dudu junto ao
Ministério da Saúde revelam que Parauapebas já é o quarto município do Pará
onde mais recém-nascidos morrem imediatamente após o nascimento ou antes de
completar o primeiro ano de vida. O posto pertenceu a Marabá até 2020, mas no
ano seguinte Parauapebas virou e, atualmente, só fica atrás de Belém,
Ananindeua e Santarém.
Em 2021, foram registrados 73 óbitos de bebês com
menos de um ano de vida, acima dos 56 computados em Marabá. Os óbitos fetais na
Capital do Minério somaram 54 casos, quinto maior volume no ranking estadual.
Já as mortes de mulheres em idade fértil somaram 105 casos em 2021, ao passo
que foram vistos sete óbitos maternos e uma morte materna tardia. Nesse
recorte, Parauapebas também ocupa a quinta colocação, atrás de Belém,
Ananindeua, Santarém e Marabá.
ZE DUDU