Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025

SAÚDE
Publicada em 19/01/25 às 06:59h - 199 visualizações
Mais dois bebês morrem no Hospital Materno Infantil de Marabá

Jornal O Niquel


O Hospital Materno Infantil (HMI de Marabá já registra cinco mortes em menos de 20 dias de 2025. Neste sábado (18), foram confirmadas as mortes de dois recém-nascidos. Antes disso, no dia 15, um bebê cuja mãe estava na 41ª semana de gestação morreu. Anteriormente, nos dias 7 e 9, foram registradas as mortes de uma mãe e do bebê que estava no ventre dela.

Conforme uma Nota de Esclarecimento emitida pela Prefeitura de Marabá, um dos bebês mortos neste final de semana é de uma gestante de 17 anos, que deu à luz no dia 15 de janeiro. O município alega que o bebê nasceu com anoxia (falta de oxigênio), foi submetido à ventilação mecânica e transferido para a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Apesar dos cuidados, o estado de saúde não apresentou melhora, e, embora uma transferência para o Hospital Regional tenha sido solicitada no dia 16, não foi concretizada. O óbito foi registrado às 23h de ontem, sexta-feira (17).

O segundo caso ocorreu envolveu uma gestante que chegou ao HMI vinda de Rondon do Pará, sem regulação, segundo a prefeitura. A nota afirma que uma ultrassonografia realizada em Rondon já indicava a ausência de sinais vitais do bebê. A equipe médica do HMI confirmou o óbito intrauterino e realizou uma cesariana de urgência.



Na quinta-feira (16), uma comissão de vereadores visitou o Hospital Materno Infantil (HMI) para apurar as causas da morte do bebê registrada no dia 15, durante o parto de Vitória Gabriele Santos Dias. O grupo, composto pelos vereadores Ilker Moares, Cristina Mutran, Dean Guimarães, Orlando Elias, Marcelo Alves, Jocenilson Silva, Priscila Veloso, Miterran Feitosa, Maiana Stringari e Vanda Américo, foi recebido pelo diretor do HMI, Fábio Farias.

Os vereadores cobraram a contratação de médicos especialistas e melhorias no atendimento, destacando a falta de profissionais especializados, como ginecologistas e obstetras, para casos de maior complexidade. Também foi solicitado um acompanhamento rigoroso das mortes recentes e a realização de uma reunião entre a Prefeitura, a Organização Social (OS) Madre Tereza e os parlamentares para discutir soluções.

O diretor do HMI reconheceu as falhas na cobertura de especialistas e destacou a necessidade de um atendimento mais humanizado e da capacitação dos servidores. Ele também explicou que a paciente que perdeu o bebê foi atendida adequadamente, mas o quadro se complicou devido ao descolamento de placenta. Farias ressaltou a importância de melhorar as condições de trabalho no hospital e garantir um protocolo de atendimento eficiente.
A reunião resultou em um compromisso de fiscalização mais rigorosa e cobranças para que o contrato com a OS seja cumprido, garantindo o atendimento especializado necessário para a população. (Theíza Cristhine)



































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